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Smart cities: startup desenvolve detector de incêndio florestal em estágios iniciais
Da Redação
Do 33Giga
21/09/2022 | 12:55
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Entre os anos de 1985 e 2020, o Brasil sofreu com queimadas de proporções gigantes: 1 milhão e 600 mil km², representando 20% da área territorial total. Dentro desta porcentagem, 65% dos incêndios aconteceram nos estados de Mato Grosso, Tocantins e Pará, segundo o Projeto MapBiomas, divulgado em agosto de 2021.

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A pesquisa ainda aponta que apesar dos biomas Cerrado e Amazônia terem representado 85% das áreas queimadas, o Pantanal foi o que mais sofreu. 57% do território queimado foi pelo menos uma vez, no mesmo período.

Pedro Curcio, fundador da iNeeds, ressalta que devido os incêndios acontecerem frequentemente, sejam eles naturais, como a queda de um raio, ou para limpeza de pastos, é extremamente importante tomar iniciativas para que o fogo não se espalhe. Curcio explica que atualmente já existem sensores que podem detectar queimadas florestais, como o caso do DIF, Detector de Incêndios Florestais iNeeds.

“O Detector de Incêndios Florestais iNeeds pode ser programado para conseguir identificar os incêndios florestais durante os estágios iniciais, mesmo durante a fase de combustão lenta, nos primeiros minutos. Ele monitora o microclima, medindo temperatura, umidade e pressão do ar”, diz. “O sensor combina a detecção de qualidade do ar e detecção de gás, ele detecta, fogo, monóxido de carbono e outros gases no nível de ppm com inteligência artificial integrada para detectar um incêndio de forma confiável e evitar falsos positivos.”

Apesar de 60% dos focos dos incêndios terem acontecido em propriedades privadas, onde há redes de energia, muitas florestas ficam afastadas dos centros urbanos, e o sensor pode ser fundamental nestes casos, pois usa plataformas de comunicação IoT para transmissão de dados sem fio e pode funcionar sem manutenção por anos utilizando inclusive energia limpa, através de painel solar.

“O Detector de Incêndios Florestais iNeeds também pode ser utilizado como sistema de segurança dos mananciais, ajudando a evitar queimadas criminosas, assim como nas propriedades particulares”, afirma o CTO da INeeds, Luiz Sourient.

As queimadas trazem grandes prejuízos para o meio ambiente, afetando o ar, solo, água e provocando a morte de milhares de animais, podendo levar em torno de 50 anos para se regenerar, como o incêndio que acometeu o Pantanal em 2020, segundo Cátia Nunes de Cunha, Professora e pesquisadora associada do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Federal de Mato Grosso (PPG-ECB/IB-UFMT).




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