Uma proposta de reforma administrativa sugerida pelo presidente da Câmara de São Bernardo, Danilo Lima (Podemos), gerou uma ampla crise entre os vereadores, inclusive dentro da própria mesa diretora. A matéria cria novos cargos em comissão, porém, não consegue avançar por divergências internas, a exemplo do primeiro secretário José Aurélio Bacelar de Paula, o Aurélio (Podemos), que classifica a redação como prejudicial ao Legislativo e que não será aprovada, enquanto não houver mudanças em suas diretrizes.

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O projeto de reforma administrativa do Parlamento está na mira de Danilo Lima há semanas, sem conseguir avançá-la, inclusive, com correligionários. A própria reeleição do podemista no dia 1º de janeiro para presidência do Legislativo precisou de muita costura com os parlamentares, entre eles com próprio Aurélio, que queria assumir o comando da mesa diretora e não escondia a crise interna no Podemos.

Por essa razão, a reforma é mais uma rota de colisão de Danilo com colegas da base governista. “É um projeto centralizador, onde eu, primeiro secretário da mesa e outros vereadores não concordam, porque essa proposta vai criar sete secretarias, onde os procuradores (da Casa) irão responder para esses secretários nomeados pelo presidente. Então é um projeto ruim para a Câmara e vereadores em geral, podendo ter problema com o Ministério Público”, afirmou Aurélio.

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Por sua vez, Danilo Lima admitiu que vem tentando dialogar com os pares para avançar na reforma e disse que Aurélio entendeu o texto de forma equivocada. “É uma proposta que está em análise ainda, nem se encontra formato ainda, nem os vereadores entraram em discussão sobre ela. A maior parte da reforma tem apontamentos do TCE e traz também uma Câmara cada vez mais transparente e democrática”, disse.