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Suspeitas de Covid-19 elevam em 32% busca de pronto atendimento

Volume de pacientes em unidades municipais cresceu no comparativo entre 9 e 16 deste mês; especialista recomenda reforço de medidas preventivas

Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
22/11/2022 | 08:25
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Celso Luiz/DGABC


A nova alta dos casos de infecção pelo coronavírus já apresenta reflexo nos serviços de pronto atendimento mantidos pelas prefeituras do Grande ABC. Na última quarta-feira (16), as unidades de saúde municipais registraram 14.179 pacientes, volume 16% maior do que o observado uma semana antes, no dia 9, com 12.224 fichas abertas. Os dados não incluem Rio Grande da Serra, que não respondeu aos questionamentos do Diário.

Quando considerados somente os pacientes que buscaram assistência médica por sintomas gripais, inclusive com suspeita de Covid-19, a elevação é mais acentuada. Do total de atendimentos, no dia 16, foram 3.876 casos do tipo, índice 32% maior que os 2.932 registros do dia 9.

Mesmo com o crescimento do número de confirmações da doença, os casos recentes têm menor gravidade em relação a picos anteriores da pandemia. Ainda assim, as medidas preventivas, como uso de máscara de proteção e o ciclo vacinal completo contra a Covid, são indispensáveis.

"Apesar dos casos se apresentarem, na grande maioria, mais leves, as demandas acabam por sobrecarregar o sistema que já é bastante saturado", avaliou a infectologista Lorena Hornke, que atua no Hospital Christóvão da Gama, de Santo André.

Para evitar longo tempo de espera por atendimento, a especialista orienta que, para as pessoas com sintomas gripais e fatores de risco, a assistência médica seja procurada especialmente nos casos de tosse persistente, febre e dispineia, que é o cansaço e dificuldade para respirar.

"A queda do número de casos de coronavírus levou toda a população ao relaxamento de cuidados, como evitar as aglomerações, usar máscara e completar o esquema vacinal proposto. E isso levou a novo aumento de infecções", ressaltou.

Entre 9 e 16 de novembro, a região teve 1.584 novos casos de Covid e sete mortes registradas pela doença. A ocupação de leitos de internações em unidades municipais, no comparativo entre as duas datas, subiu 50%, de 120 para 180 na ultima quarta-feira (16).

ATENDIMENTO

As prefeituras informaram seguir os protocolos de prevenção à disseminação do coronavírus, com a separação de casos na triagem e avaliação médica. Em Santo André, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), e unidades de pronto atendimento são referência para sintomas gripais, incluindo suspeita de Covid.

Em São Bernardo, os moradores contam com a assistência em nove UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e no Pronto Atendimento Taboão. A Prefeitura de São Caetano realiza o acolhimento de pacientes com suspeita de coronavírus e outras síndromes gripais nas UBSs. A testagem é feita em seis UBSs com programa Saúde Hora Extra, através de agendamento prévio no site da Prefeitura. Diadema realiza triagem e acolhimento nas UBSs.

A Prefeitura de Mauá informou que as UPAs da Vila Assis, Barão de Mauá, Magini e Zaíra, além das UBSs Primavera, Magini, Zaíra 1, Flórida e Feital são as unidades de referência para o coronavírus e síndrome gripal. Em Ribeirão Pires, os moradores podem recorres à UPA Santa Luzia ou unidades da Atenção Básica.

Copa e festas de fim de ano exigem prevenção

As celebrações da Copa do Mundo, que começou no último domingo (20), e a proximidade dos festejos de fim de ano, exigem maior atenção dos gestores de saúde e da população para o controle de novas infecções por coronavírus. As prefeituras da região e o governo do Estado afirmam monitorar de forma permanente os indicadores relacionados à pandemia.

Apesar de informar que os índices da Covid-19 se mantêm abaixo de picos anteriores ­ a média móvel estadual de novos casos nos últimos sete dias foi de 1.588, 90,3% a menos do que em fevereiro deste ano (16,4 mil novas notificações da  doença) ­a Secretaria da Saúde de São Paulo ressalta as orientações preventivas.

"É importante que a população procure os postos de vacinação para tomar as doses de reforço contra a Covid, que evitam os casos mais graves da doença", afirmou em nota. De acordo com a pasta, a quantidade de pessoas aptas a tomar a primeira e a segunda dose adicional do imunizante, mas que não o fizeram, totalizam, respectivamente, 9 e 7 milhões no Estado.

Nas sete cidades, a evolução de casos do coronavírus é acompanhada regionalmente pelo GT (Grupo de Trabalho) Saúde do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. "Os secretários municipais de Saúde têm discutido a situação, considerando inclusive os eventos programados para o fim do ano. A evolução da pandemia também é acompanhada de forma permanente pelos prefeitos e (o assunto) deve integrar a pauta da próxima assembleia do colegiado, em data a ser agendada", disse o Consórcio, por meio de nota.




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