Sete municípios do Grande ABC conseguem diminuir em 2,1% os passivos, que incluem precatórios, em comparação a valores de janeiro
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Durante o primeiro semestre de 2025, as sete prefeituras do Grande ABC reduziram as dívidas consolidadas de R$ 11 bilhões para R$ 10,8 bilhões, registrando assim uma queda de 2,1% dos montantes totais das obrigações financeiras de longo prazo. Entre os maiores valores atualizados, estão São Bernardo, com R$ 3,6 bilhões de passivos, seguido por Diadema, com R$ 2,5 bilhões, e Santo André, R$ 2,2 bilhões.
No âmbito da administração pública, as dívidas consolidadas são compromissos de longo prazo, ou seja, aquelas com pagamento superior a 12 meses, assumidas em virtude de leis, contratos, financiamentos e empréstimos junto a instituições públicas ou privadas.
Neste último caso, ficam como exemplos recursos provenientes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Caixa Econômica Federal, ou até mesmo entidades internacionais como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e CAF (Corporação Andina de Fomento). Também entram nesse montante os estoques de precatórios.
Maior cidade do Grande ABC, São Bernardo iniciou o ano com R$ 3,9 bilhões de passivos de longo prazo, conseguindo quitar R$ 273 milhões até 30 de abril, segundo informações da Secretaria da Fazenda em seu último levantamento quadrimestral. A meta estabelecida pelo governo do prefeito Marcelo Lima (Podemos) é abater mais R$ 122,2 milhões até o fim do ano.
Por sua vez, a gestão do prefeito de Diadema, Taka Yamauchi (MDB), teve um agravamento de débitos, ao registrar aumento de R$ 74,1 milhões, em relação ao valor de R$ 2,4 bilhões encontrados em janeiro, após análises das finanças herdadas da administração anterior. Questionado, o governo emedebista não informou sobre metas para redução das cifras no exercício 2025.
Santo André reduziu em 0,60% o volume de dívidas consolidadas, mantendo-se assim na casa de R$ 2,2 bilhões ao longo do último semestre. Segundo a gestão do prefeito Gilvan Ferreira (PSDB), a contração dessas quantias se dará por meio da amortização dos débitos, previstos conforme orçamento vigente nos seus prazos de vencimento firmados em contratos, no valor de R$ 317,8 milhões até 31 de dezembro deste ano.
O governo do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), decresceu de R$ 1,42 bilhão para R$ 1,37 bilhão os débitos de longo prazo, mas informou que não trabalha com uma meta estabelecida para redução dos valores em 2025. Em São Caetano, a gestão Tite Campanella (PL) registra, no encerramento do semestre, R$ 926,2 milhões de obrigações financeiras para abater. Em janeiro, o Palácio da Cerâmica contabilizava R$ 893,5 milhões em dívidas herdadas.
Em Ribeirão Pires, o prefeito Guto Volpi (PL) reduziu o montante de R$ 90,9 milhões para R$ 84,5 milhões de janeiro a junho. No mesmo período, Rio Grande da Serra, sob tutela de Akira Auriani (PSB), contraiu os compromissos financeiros de R$ 8,3 milhões para R$ 5,1 milhões.
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Diferentemente das dívidas consolidadas, os restos a pagar entram na categoria de dívidas flutuantes, ou seja, compromissos de curto prazo, com fornecedores e prestadores de serviços. Neste quadro, as sete prefeituras do Grande ABC reduziram os débitos de R$ 1,1 bilhão, calculados em janeiro, para R$ 299,4 milhões, queda de 73,58%. Um exemplo vem de Santo André, que iniciou o ano com R$ 437,3 milhões de débitos e passou para R$ 37,5 milhões, com meta de zerar o passivo até 31 de dezembro.
No mesmo período, São Bernardo retraiu os valores de restos a pagar de R$ 363,3 milhões para R$ 126,5 milhões com prestadores de serviços, após o último levantamento quadrimestral, com o objetivo de abater 90% dos valores até o fim do ano. Em São Caetano, a variação foi de R$ 153,8 milhões para R$ 52,1 milhões, enquanto, em Diadema, os débitos foram de R$ 103,8 milhões para R$ 51,3 milhões.
Outra contração notória das dívidas foi em Ribeirão Pires, de R$ 37,8 milhões para R$ 5,9 milhões, ao mesmo tempo que Mauá abateu parte dos débitos, de R$ 31,1 milhões para R$ 23,3 milhões. Já Rio Grande da Serra registra R$ 2,8 milhões a depositar.
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