A Petrobras vai investir R$ 118 bilhões na contratação de 48 embarcações com alto índice de conteúdo nacional. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (26) pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante o Fórum Nova Indústria Brasil, realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.

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Segundo Chambriard, os contratos devem ser formalizados ou ter editais lançados até o fim de 2026. A iniciativa, voltada ao fortalecimento da indústria naval brasileira, tem potencial para gerar 180 mil postos de trabalho. “Não se trata de emprego direto apenas. São postos de trabalho que movimentarão a economia com investimentos de R$ 18 bilhões no Brasil, dentro do total previsto para os contratos”, afirmou.

Preços dos combustíveis seguem em monitoramento

Ainda durante o evento, Magda Chambriard falou sobre a política de preços da estatal. A executiva explicou que os valores dos combustíveis no Brasil são reavaliados quinzenalmente, considerando as oscilações do mercado internacional e a valorização do real. Ela não descartou uma possível redução nos preços caso a queda do petróleo se intensifique.

“Gasolina, diesel, querosene de aviação e gás de cozinha estão abaixo da paridade internacional. Continuamos atentos e, se houver mais queda no preço do petróleo, certamente vamos repassar isso ao consumidor”, disse. Chambriard destacou, no entanto, que o único reajuste feito mensalmente, por contrato, é o do querosene de aviação.

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Braskem na mira da estatal

A presidente da Petrobras também comentou sobre a relação com a Braskem, ressaltando a importância estratégica da petroquímica, considerada a sexta maior do mundo no setor. Ela afirmou que há uma pendência societária entre as duas empresas, que pode ser resolvida com a proposta de aquisição feita pelo empresário Nelson Tanure.

“O que posso dizer é que qualquer solução para a questão societária da Braskem terá o apoio da Petrobras. Precisamos restaurar o protagonismo da indústria petroquímica no Brasil”, declarou. Segundo Magda, mesmo em um cenário de transição energética, os combustíveis fósseis ainda terão papel relevante por décadas no fornecimento de insumos para a indústria petroquímica.

*Com informações de Agência Brasil