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Incentivo à democracia
Do Diário do Grande ABC
04/04/2022 | 08:05
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Apenas 12,3% dos jovens de 16 e 17 anos do Grande ABC tiraram o título de eleitor e estão aptos a comparecer às urnas em outubro, quando serão escolhidos o presidente da República, governadores, senadores, deputados estaduais e federais. O percentual, levantado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no fim de fevereiro, é preocupante. Mostra que pouco mais de um décimo da população desta faixa etária está interessada em comparecer às urnas e demonstrar a sua opinião por meio do voto. 

A fração se torna ainda mais perturbadora quando é comparada com o mesmo período de 2018, quando 18,3% já possuíam o documento. Em termos nacionais, hoje são 830 mil os jovens que buscaram a Justiça Eleitoral para obter o título. Quatro anos atrás, nesta mesma época, eram 1,4 milhão de jovens. 

É sempre bom lembrar que eles não têm obrigatoriedade de votar. Entretanto, são convidados a participar do processo democrático. Mas, pelos números, não estão motivados a aceitar tal convite. E cabe às autoridades e também aos candidatos e aos partidos mostrarem aos integrantes dessa parcela da sociedade o quanto eles são importantes para a construção do País.

O TSE até tem feito a sua parte. Desde o ano passado foram duas campanhas voltadas a esses indivíduos. Tentando despertar neles o desejo de se transformarem em eleitores por vontade própria e não por obrigação legal.

Quanto aos políticos, de modo geral, talvez não estejam sendo o melhor modelo para a juventude. Sociólogo ouvido pela reportagem deste Diário cita a polarização, ampliada a partir de 2018, como um dos fatores que desmotivam os mais jovens a se interessar pelo assunto.

Votar ou não votar é um direito dos garotos e garotas desta faixa etária. Entretanto, é preciso refletir sobre qual é a melhor opção: ignorar a eleição, ficar apenas reclamando ou tomar uma atitude que possa fazer a diferença. 




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