Setecidades Titulo Carnaval 2011
Chuva atrapalha na reta final

Escolas passam por dificuldades para finalizar carros alegóricos em meio à água

Camila Galvez
04/03/2011 | 07:51
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Carnaval e chuva não combinam, certo? Que o digam algumas escolas de samba do Grande ABC, que estão encontrando dificuldades para finalizar carros alegóricos e fantasias às vésperas do desfile. A culpa é das águas de março, que fizeram questão de cair durante toda a semana que antecede o desfile.

Em São Caetano, dois carros alegóricos da Imperatriz do bairro Nova Gerty, que desfila amanhã, foram prejudicados pelas chuvas. As alegorias que ficaram molhadas não puderam receber a solda por causa do perigo de provocar choques.

O jeito foi improvisar lonas para cobrir os carros. "Isso acabou atrasando os detalhes finais, mas já nos apressamos para finalizar a tempo", garantiu o presidente Reinaldo Pereira, o Amaral.

A Acadêmicos de Vila Vivaldi, de São Bernardo, foi prejudicada pelas condições climáticas desde o início do ano. A escola perdeu fantasias por causa de uma enchente no bairro, e agora encontra problema para finalizar três carros alegóricos.

"Estamos vivendo o mesmo drama que as escolas de São Paulo. Estive lá hoje (ontem) e vi que está uma correria, cada vez que garoa tem que parar tudo e cobrir as alegorias", afirmou o presidente da agremiação, Valdir Barbosa.

O presidente da Gaviões do Morro, Edson Nascimento Costa, o Magrão, também relatou dificuldades. A escola monta os carros alegóricos em um terreno de terra batida no núcleo DER. "Tivemos de colocar os carros na rua para conseguir fazer as alegorias sem sujá-las de barro. A montagem final vai ser feita na avenida, antes do desfile", garantiu.

Para fugir do terrão, Magrão expulsou os carros da garagem de casa. "É lá que estamos finalizando as fantasias. Carro aqui não entra até acabar o desfile", disse.

 

MAIS ÁGUA

Fantasias e carros alegóricos danificados não desanimam integrantes da Seci, campeã do Carnaval de Santo André em 2010. "Como não temos um barracão coberto dificulta o trabalho. No início do ano, ventos fortes destelharam a parte que cobria os carros alegóricos. Por isso, trabalhamos no espaço dos ensaios", garantiu o presidente da escola, Edvaldo Jatobá.

A chuva também causou prejuízos para a escola Tradição de Ouro. A agremiação não tem barracão para a montagem dos veículos, feita em espaço aberto. "Quando finalizamos os carros colocamos uma lona preta para proteger, mas o último veículo não está pronto, estávamos concluindo os retoques finais e a chuva acabou estragando", afirmou o presidente Luiz Roberto Brito Gomes, o Luizinho.

Para consertar o estrago, integrantes da escola foram à Rua 25 de Março, em São Paulo, comprar tecidos. "Pelo menos as fantasias estão garantidas. Nada aconteceu", disse.

(Colaboraram Bruna Gonçalves e Maíra Sanches)




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