Nova versão de Karatê Kid estreia nesta sexta e traz como protagonista o filho de Will Smith, Jaden, de apenas 12 anos
Entrevistado no México, Jackie Chan contou como foi convidado para o novo Karate Kid. "O telefone tocou e era Will Smith, dizendo que gostaria de me ter no filme. Perguntei quem seria Mr. Miyagi. Ele respondeu: ‘Você!'. Só então caiu a ficha. Não tenho mais idade para fazer o discípulo", conta o ator e ícone oriental.
Karate Kid foi formatado pelo casal Will Smith e Jada Pinkett Smith como veículo para o filho deles, Jaden, 12 anos. O filme estreia hoje no Brasil - incluindo as nove cópias em salas do Grande ABC - depois de estourar nas bilheterias dos Estados Unidos.
No longa, o jovem Dre e sua mãe deixam a cidade de Detroit para viver na China. O garoto não gosta da mudança e as coisas se complicam quando arruma confusão com Cheng, um prodígio do kung fu. Dre terá a ajuda do zelador de seu prédio, Sr. Han, que começa a lhe ensinar a milenar arte marcial, além de apresentar uma nova vida.
Em entrevista por telefone, de Los Angeles, o diretor Harald Zwart, responsável por filmes menores como A Pantera Cor-de-Rosa 2 (2009), Agente Teen (2003) e Que Mulher é Essa? (2001), conta como foi refilmar a obra cultuada de John G. Avildsen com os inesquecíveis Ralph Macchio e Pat Morita (1932-2005), dupla central de Karatê Kid - A Hora da Verdade (1984). Ele conhecia o original, claro. "Não seria deste mundo, se não. Assisti ao filme várias vezes quando garoto, na Holanda. Simplesmente refazê-lo seria um erro. O desafio que Will e Jada me propuseram foi reinventar o Karate Kid."
Ele admite que dá novo sentido ao personagem do Sr. Miyagi. "Queria aproveitar o potencial dramático de Jackie Chan. O papel foi o teste dele para ser Robert De Niro." Apesar do título, as artes marciais substituem o caratê. "Jaden tenta aprender caratê vendo o filme na TV, era o nosso álibi. A ideia sempre foi filmar na China, que é um mundo novo", explica o diretor.
Uma mudança importante é que o Sr. Miyagi vivia falando para seu discípulo do caratê como método pacífico e combate interior, mas o público só esperava para ver Ralph Macchio arrebentar os adversários. Zwart vai direto ao ponto. "O estilo de Jackie nunca se baseou em pérolas de sabedoria oriental. Ele sempre partiu diretamente para o pau. Esse teria de ser um dos paradigmas da história."
O cineasta não teve a tentação de mostrar os dois treinadores se enfrentando? "Filmamos e é uma cena espetacular, mas não se integrava na história. Vai ser um dos extras do DVD, espero", revela Zwart.
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