Cultura & Lazer Titulo Moda
Aposte no coquetel dress
Andréia Meneguete
Do Diário do Grande ABC
29/11/2009 | 07:14
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Ele surgiu na década de 1920, bem após a Primeira Grande Guerra Mundial, numa época em que a mulher se sentiu mais livre para a escolha da própria roupa.

Em um tempo em que os estilistas ainda não eram reverenciados pela ala feminina, os costureiros tomaram o papel de verdadeiros amigos da mulher e resolveram atender o pedido: uma peça que remetesse sofisticação em encontros sociais. Foi aí, então, que o coquetel dress entrou em cena no guarda-roupa das damas norte-americanas. "Antes disso, as mulheres tinham apenas o vestido-de-chá como traje para ocasiões não tão formais", explica Débora Carammaschi, professora de História da Moda do Senac.

Com um modelo caracterizado por ter comprimento até a altura dos joelhos e com a proposta de revelar os braços e os ombros, o vestido era produzido apenas em tecidos nobres, como o cetim, o veludo, a cambraia, além de receber adornos e muitos bordados, que valorizavam a elegância da peça.

Em 1961, Hubert Givenchy, responsável pelo figurino da atriz Audrey Hepburn no filme Bonequinha de Luxo, dá novas formas ao coquetel dress, que ganha um modelo mais acinturado e, às vezes, até balonê.

CENÁRIO MODERNO
Luxos e detalhes à parte, o vestido se tornou peça curinga e acompanha a mulher moderna quando o assunto é o que vestir em compromissos profissionais, jantares ou festas de aniversários. "Mesmo sendo sofisticado, traz uma certa informalidade, o que facilita seu uso no dia a dia", explica a professora de Moda da Escola Panamericana de Artes Luara Proença.

Para a editora de moda do portal OQVestir Rosana Sperandéo, são os acessórios que determinam onde pode ser usado o coquetel dress. "Sapatilhas e cabelos soltos servem para um evento mais descontraído, como cinema e passeio com as amigas. Já a produção complementada com brincos, colares pesados, sandálias altas e cabelos presos por um coque é indicada para um evento mais sofisticado", explica a especialista.

O brilho do tecido não pode ser deixado de lado quando o desejo for incrementar o look. Babados, drapeados e brocados podem ser inseridos nos modelos que exigem total elegância. "Ele até pode ser usado em casamentos, mas desde que a pessoa seja somente convidada. Madrinhas, nem pensar!", alerta a estilista Juliana Ariza.

Para as festas de fim de ano, que são marcadas pelo clima quente e úmido, o modelito cai perfeitamente e agrega charme e muito conforto à composição. "Na ceia de Natal escolha um coquetel dress feito em tecido de algodão, com movimento e até estampas leves. Na virada do ano aposte em uma opção mais luxuosa nas cores branca, prata ou dourada. Isso, claro, se não for na praia", sugere a editora de moda Rosangela Sperandéo.

No guarda-roupa das celebridades

Ele caiu no gosto das estrelas de Hollywood e das celebridades nacionais. Já é mais do que comum ver artistas de peso como Alinne Moraes, Camila Pitanga e Grazi Massafera desfilando entre uma festa e outra com seus modelos preferidos.

Umas optam por brincadeiras na mistura entre texturas e cores de tecidos. Outras preferem os modelos mais justos e curtos, conferindo sensualidade ao corpo. E há aquelas que são adeptas das formas mais leves e soltas, que não marcam tanto a silhueta.

Na hora de escolher qual será o modelo que vai lhe acompanhar na grande festa, é importante avaliar os pontos fortes do corpo que devem ser valorizados.

Mulheres acima do peso devem ficar longe das estampas e cores claras. As magras e altas podem diminuir o comprimento e valorizar as pernas. Pessoas que têm ombros largos podem optar pelo tomara que caia e aumentar o volume da saia no quadril para equilibrar as formas. "O coquetel dress é democrático, cai bem para todos os tipos de corpos, basta saber usá-lo a favor das qualidades físicas", finaliza RosangelaSperandéo.




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