No dia 25 de janeiro de 2003, um jovem jogador do Santo André se consagrou no Estádio do Pacaembu ao bater e marcar o último e decisivo pênalti da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior: o atacante Nunes - que naquele mesmo dia ainda garantiu o empate do time principal contra o Santos, na abertura do Paulistão.

Depois do empate contra o Palmeiras por 2 a 2 no tempo normal, as equipes partiram para as cobranças alternadas e o atual artilheiro do time no Campeonato Brasileiro (dez gols) se encarregou da batida derradeira.

Na comemoração do título, o jogador engatinhou pelo gramado imitando um porco e desencadeando a ira da torcida Alviverde, que depois de confrontar a polícia invadiu o gramado para dar o troco no elenco andreense - todos se refugiaram rapidamente no vestiário do Pacaembu.

Hoje, contra o Corinthians, mais maduro e arrependido do ato, Nunes volta ao palco daquele título-fatídico e tenta sorte semelhante para trazer os três pontos ao Grande ABC. "O Pacaembu traz boas lembranças para mim e espero ter a mesma felicidade, marcando um gol se possível, para sair com o resultado positivo", disse o atacante de 28 anos.

A disposição e raça que eram demonstradas naquela época, seguem nas veias de Nunes, que na atual fase do Santo André tem mostrado o mesmo desempenho para livrar o time do rebaixamento à Série B do Nacional. "A nossa situação está nos fazendo entrar em campo dessa forma, pelo time, pela família e pela torcida, com disposição, raça e vontade", declarou o jogador.