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Prefeitura de Ribeirão define se pune guardas municipais

Foi concluído o processo sobre a conduta de GCMs com morador de rua; decisão será divulgada até sexta

André Vieira
Do Diário do Grande ABC
11/08/2009 | 07:43
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A Prefeitura de Ribeirão Pires deverá apresentar até sexta-feira a conclusão do processo disciplinar aberto em janeiro para apurar a conduta dos guardas civis municipais Sandro e Emerson Torres Amante, que humilharam e agrediram com o jato de extintor de incêndio um morador de rua que pediu aos funcionários um copo com água.

Os trabalhos de apuração começaram em 29 de janeiro e consumiram 180 dias. A administração municipal informou que o caso já foi julgado e que aguarda parecer da Secretaria de Assuntos Jurídicos para publicar o resultado por meio de ato oficial.

Até a data de divulgação, a Prefeitura não irá se pronunciar sobre o conteúdo e a conclusão da investigação, que vai definir pela aplicação ou não de penalidade aos guardas, que são irmãos e não foram afastados durante as investigações.

Nas ruas, porém, colegas de farda de Sandro e Emerson, que pediram para não ser identificados, querem punição rigorosa para a dupla. "A maioria da GCM espera que eles sejam exonerados. Eles denegriram a imagem da nossa corporação. Ainda hoje muitas pessoas na rua estão revoltadas", afirmou um guarda.

Caso - Wallace, como é conhecido o morador de rua, foi agredido no ano passado por Sandro na base da GCM em frente à antiga rodoviária, no Centro. Com sede, o rapaz pediu um copo com água ao guarda, que, em tom de deboche, perguntou se ele queria "gás de pimenta, borrachada ou um tiro".

Depois questionou se o morador de rua preferia gás natural ou carbônico. "Eu quero gás natural", respondeu. Em seguida, Sandro acionou um extintor de incêndio contra a vítima. Ao seu lado, Emerson gravou a ação com a câmera de um celular e espalhou o vídeo para outros aparelhos.

Segundo Sandro, que disse ontem ainda desconhecer o resultado do processo, por diversas vezes, Wallace foi levado por ele à Casa do Migrante para receber cuidados de higiene e alimentação. Para os irmãos, que alegaram ser amigos do morador de rua, a ação não passou de "brincadeira infeliz".

Categoria - Paralelamente ao desfecho deste caso, a corporação de Ribeirão Pires pleiteia junto ao Executivo o recebimento de reajuste salarial.

No dia 15 de julho, integrantes da administração e do Singuardas (Sindicato dos Guardas Civis Municipais ativos e Inativos de São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires) se reuniram para discutir a proposta. A resposta formal da Prefeitura será apresentada também até sexta. (Colaborou Orlando Müller)




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