As pessoas que dependem de medicamentos da rede pública continuam a enfrentar dificuldades em São Caetano. Ontem, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade estavam sem remédios.
Em 28 de janeiro, o Diário publicou reportagem sobre o problema que ocorre desde dezembro, quando a Prefeitura encerrou o contrato de fornecimento de remédios com a Home Care - empresa investigada por fraudes em contratos públicos. Na ocasião, a administração informou que a distribuição estaria normalizada em uma semana.
A falta de medicamentos atinge desde analgésicos a remédios de uso contínuo, como para o tratamento de doenças do coração, diabetes, controle de pressão arterial, colesterol, tireoide e anti-inflamatórios. Ontem, a reportagem do Diário esteve em três UBSs e no Centro de Saúde Manoel Augusto Pirajá da Silva, onde o problema foi constatado.
A aposentada Irene Marques de Oliveira, 77 anos, diz que há três meses tem de comprar a sinvastatina, utilizada no controle do colesterol. Ontem, ela esteve no Centro de Saúde e não conseguiu o remédio. No mesmo local, a dona de casa Luzia Chagas Santos, 58, não encontrou o atenolol, para o tratamento de doenças do coração, AAS e nimesulide, e a metformina, para o tratamento da diabetes do marido.
O autônomo Claudionor dos Santos, 66, foi à UBS Darcy Vargas para obter o sustrate, utilizado no tratamento de problema do coração da mãe de 95 anos.
A Prefeitura informou por nota que a distribuição não foi totalmente normalizada porque as empresas, selecionadas por meio de licitação, ainda estão entregando os remédios. Entre outras informações, a administração garante que a sivastatina chegará até quarta-feira, o AAS será distribuído e os casos mais críticos que dependiam do atenolol foram atendidos. Uma nova licitação para fornecimento de medicamentos está sendo realizada.
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