Setecidades Titulo Diadema
Escola de Diadema está em completo abandono
Do Diário do Grande ABC
15/11/2008 | 07:06
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Depredação, vazamentos, mato e sujeira tomam conta da EE Maria Carolina Casini Cardim, no Jardim Paineiras, em Diadema. Sinais de possível consumo de drogas no interior do terreno que pertence ao colégio e presença de roupas jogadas no local indicam que vândalos chegaram a usar o prédio como moradia.

A sujeira é visível logo na entrada, com entulho acumulado por todos os lados. O piso é molhado pela água dos inúmeros pontos de vazamento, com filetes que escorrem pelas paredes. Poças alagam corredores por onde passam alunos de quinta à oitava séries que estudam durante o dia - à noite, o colégio recebe estudantes do Ensino Médio.

As torneiras do bebedouro estão quebradas e secas. Para tomar água, alunos são obrigados a abrir um registro na parte superior da parede, o que provoca vazamento de todas as bicas ao mesmo tempo.

A água consumida tem origem inadequada. O reservatório no telhado da escola está sujo e desprotegido, tanto pela ausência de uma tampa quanto pela falta de cobertura sobre o forro. Em dias de chuva, é inevitável que as salas sofram com goteiras, tamanha a quantidade de telhas quebradas ou mal encaixadas. Com a chegada do verão, há o risco de o local se tornar um foco de dengue.

Ainda há marcas de um incêndio que ocorreu em setembro, no depósito no piso térreo. Do lado de fora, vidros quebrados cobrem o chão. Um hidrante encontra-se quebrado, sem condição de uso.

Mato e arbustos tornam o pátio lateral propício para a proliferação de insetos. Nas salas de aula, paredes pichadas e vidros quebrados compõem o cenário.

Próximo ao ginásio, sinais de que espaço foi ocupada por vândalos. Roupas, calçados e até uma garrafa térmica são encontrados ali. Há também lata de cerveja, com pequenos furos na parte superior. O utensílio é similar ao utilizado por viciados em crack.

Morador do bairro, Cosmos Maciel da Silva, 40 anos, não aceita a situação. "Se depender de mim, meus filhos não vão estudar ali", afirmou.

A opinião é compartilhada por outros vizinhos. A filha de uma das moradoras prefere caminhar por 30 minutos para chegar até um colégio distante dali,

RESPOSTA
A Secretaria de Educação do Estado informa que realiza obras de manutenção freqüentes no local. A última, em agosto, consumiu R$ 111 mil, mas foi prejudicada pelo incêndio posterior. O Estado comunica ainda que a própria comunidade depreda a escola. Haveria também um programa de conscientização para evitar depredações.




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