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Doze homens e o roubo de R$ 1 milhão
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
15/03/2008 | 07:28
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Doze homens e um roubo de quase R$ 1 milhão. Foi assim, semelhante a um roteiro de filme hollywoodiano que uma quadrilha vestida com terno preto e gravata levou sexta-feira, sem disparar nenhum tiro, exatos R$ 931.319,00 do banco Real localizado na Praça 22 de Novembro, no Centro de Mauá.

Para o sucesso da ação, o bando rendeu a gerente da agência quando ela saía de casa, no bairro Santa Maria, em São Caetano, e surpreendeu funcionários e vigilantes que chegavam para o serviço. Ao todo, foram feitos 22 reféns. Ninguém foi preso e nenhum centavo foi recuperado.

A gerente H.C.R.G., 37 anos, foi atacada às 7h a 500 metros de sua residência, na Alameda Conde de Porto Alegre. Ela dirigia seu Fiesta preto e foi cercada por três Santanas prata, que tinham giroflex e sirene.

Bem-vestidos, os assaltantes fingiram serem policiais,Disseram para ela que era procurada por tráfico. Quando a gerente abriu a porta do carro, três ladrões entraram e contaram a verdade. Para intimidá-la mais ainda, disseram que a família dela e da subgerente eram mantidas reféns.

Foram na direção de Mauá e entraram na agência pelo estacionamento. Antes de invadirem a parte interna, colocaram crachás do banco para dar a impressão que eram funcionários.

Armados com fuzis, o bando rendeu seis empregados que já estavam no local. Os outros foram rendidos à medida que chegavam. Eles pegaram as armas dos vigilantes, tiraram as balas e devolveram o armamento.

Profissionalismo - “Eles foram extremamente profissionais. Não bateram em ninguém. Ordenaram para que todos fingissem trabalhar normalmente em seus postos, como se nada estivesse acontecendo. Fiquei com a arma sem nenhuma munição”, afirmou um segurança que pediu para não ser identificado.

“Quem ficou mais nervoso e começou a chorar foi levado para o banheiro. Deixaram até tomar café e água”, contou outro segurança.

A única agressão foi um tapa no rosto levado pela gerente. Seis integrantes do bando ficaram responsáveis por recolher o dinheiro dos caixas e do cofre.

Às 10h, antes de irem embora, a quadrilha pegou a CPU do computador que armazenava as imagens do circuito interno. Na fuga, um Fiesta prata também foi utilizado ao lado dos Santanas. A gerente teve de ser levada a um hospital e medicada com calmantes.

“Foi um roubo feito por uma quadrilha altamente especializada que não deve ser da região. Geralmente, nesses casos, o grupo é de bem longe”, afirmou o delegado responsável pela delegacia sede de Mauá, José Rosa Incerpi.

Policiais da Delegacia de Roubos a Bancos do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) vieram até Mauá para auxiliar nas investigações.



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