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Três crianças em risco são achadas em Sto.André

Em ambos os casos, vizinhos denunciaram que as mães abandonaram os filhos em um ambiente sem alimentação e sem condições mínimas de higiene

Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
17/06/2008 | 07:10
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Três crianças em situação de risco foram encontradas pela Polícia Militar em Santo André no último fim de semana. Duas delas, de 4 e 9 anos, estavam na casa da mãe no Jardim Utinga. O outro menor, de 7, foi achado no Jardim Progresso, também na residência materna.

Em ambos os casos, vizinhos denunciaram que as mães abandonaram os filhos em um ambiente sem alimentação e sem condições mínimas de higiene. Por meio do Conselho Tutelar, as mães perderam provisoriamente a guarda das crianças, que ficaram sob responsabilidade de parentes.

O último caso ocorreu às 23h de sábado, no Jardim Progresso, local onde residia o menino de 7 anos e sua mãe, uma auxiliar de limpeza de 22. "A mãe saiu na tarde de sábado e só voltou no dia seguinte, às 11h. O garoto ficou chorando em casa, pedindo ajuda. Esse comportamento vem se arrastando por algumas semanas e nós, vizinhos, é que dávamos comida para a criança", afirmou um morador, que pediu para não ser identificado.

A conselheira tutelar Maria do Socorro resumiu o cenário que encontrou: "Naquele ambiente, não dava para criar nem um cachorro. Achamos fezes de rato, alimentos estragados, roupas jogadas para todos os lados e muita sujeira".

A criança foi transferida para a casa de uma tia. A mãe do menino, depois de chegar em casa anteontem pela manhã, foi morar na residência de parentes.

JARDIM UTINGA
No outro caso de abandono, no Jardim Utinga, a mãe das duas crianças, uma garçonete de 26 anos, chegou a ser presa por abandono de incapaz. Pagou fiança de R$ 302 e vai responder processo em liberdade.

De acordo com vizinhos, a garçonete havia saído de casa na quinta-feira de manhã e só reapareceu na manhã do sábado. Segundo a polícia, as crianças foram achadas debilitadas e com muita fome, sendo preciso providenciar um café da manhã para ambos.

De acordo com a PM, a casa estava abandonada, com roupas jogadas, louças sujas, alimentos podres e restos de comida estragada na geladeira. Os irmãos ficaram sob a guarda da avó materna. "Estou arrependida pelo que fiz. Prometo melhorar para ter meus filhos de volta. É o que eu mais quero", afirmou a mãe.

A Vara da Infância e Juventude vai decidir o futuro das crianças após acompanhamento do Conselho Tutelar. "O poder público tem obrigação de dar assistência às crianças e às mães", afirmou Ariel de Castro Alves, conselheiro do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente).

CURITIBA
Em Curitiba (PR), anteontem, um bebê com 15 dias foi abandonado na porta de uma igreja. A mãe deixou uma carta dizendo que um dia pretende reencontrá-lo. E semana passada, na Bahia, um menino de dois anos foi jogado para fora de um carro. A mãe, de 18 anos, passou por exames ontem e negou a autoria do crime.




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