Economia Titulo Crédito
Crédito com prazo menor
04/06/2008 | 07:04
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0 presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, disse ontem que a tendência de alta dos juros até o fim do ano deve encolher os prazos de financiamento em geral, e terá impacto mais expressivo sobre o crédito pessoal.

Para Cypriano, tanto o crédito imobiliário quanto o automotivo tendem a sofrer menos por causa da facilidade de retomada do bem.
"O crédito imobiliário ficou muito mais seguro com a nova legislação, que prevê alienação fiduciária", disse.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define hoje o rumo da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,75% ao ano. Analistas prevêem elevação entre 0,50 e 0,75 ponto percentual. Cypriano ressaltou que a oferta de crédito continuará forte, mas admite haver redução no ritmo de crescimento em razão da maior cautela que os bancos passarão a adotar na aprovação de financiamentos.

"Os bancos devem ficar mais rígidos para evitar alta na inadimplência." Ele também lembrou que havia demanda reprimida por crédito, que de alguma forma já foi atendida.

O presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, afirmou que a alta da Selic, esperada pelo mercado, não é a melhor forma de conter a inflação. Para o empresário, essa é uma visão neoliberal que impede o crescimento do Brasil.

"É mais difícil gerir um país quando ele está crescendo, mas, se não enfrentarmos esse desafio, não sairemos do lugar", disse Steinbruch. Ele afirma que a melhor forma de conter a inflação é por meio do aumento da produção.

Steinbruch elogiou medidas adotadas pelo governo, como a nova política industrial e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas advertiu que são insuficientes. Ele defendeu a redução de impostos, por meio de uma reforma tributária, e a queda da taxa de juros como medidas para incentivar a produção e equilibrar oferta e demanda.

Ele reconheceu que a demanda está elevada, mas afirmou que é possível aumentar a oferta para que não haja pressão de preços.




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