Moradores do Conjunto Habitacional Vila Esperança, em bairro de mesmo nome em São Bernardo, convivem desde que chegaram por lá com problemas de rachaduras e infiltrações nos apartamentos. A primeira etapa do empreendimento, com 80 unidades habitacionais, foi entregue em 2009 e a segunda, com 68 moradias, em 2012.

Sendo as construções recentes, não deveriam apresentar certos transtornos, como os que ocorrem na casa da auxiliar de limpeza Marlene de Jesus Costa, 46 anos, moradora há cinco anos do Bloco C. Os dois quartos da residência estão tomados pelo mofo, causado por infiltrações que, segundo ela, começaram nos primeiros seis meses após a mudança. “Já perdi vários móveis, porque apodrece tudo. O pessoal da Prefeitura chegou a vir aqui para ver o problema, mas nunca fizeram nada para consertar”, conta Marlene.

Já na casa da cabeleireira Jade Ferreira, 40, rachaduras estão aparecendo com frequência. “Técnicos vieram aqui e falaram que foi o cal que rachou as paredes.”

As reclamações envolvem ainda o fato de o conjunto não possuir área de lazer, como acontece em outros construídos pelo Executivo na cidade.

A Prefeitura informou que realiza atendimento frequente de solicitações dos moradores para execução de reparos nas unidades habitacionais. Quanto às rachaduras, a administração diz que, “após a constatação da estabilização e que não oferecia nenhum risco estrutural, foram realizados os reparos na alvenaria e pintura.”

A resposta da Prefeitura mostra que o problema do mofo ocorre em outros apartamentos, ao destacar caso de unidade do Bloco D, apartamento 1. Nessa situação, após duas tentativas de negociação, foi oferecida à família moradia da segunda etapa do conjunto e a remoção será realizada em breve.

Ainda de acordo com o Executivo, foram apresentados aos moradores, no mês passado, projeto dos equipamentos que estão previstos para serem construídos no empreendimento, entre eles playground e praça.