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Muro ameaça vizinhos do Carrefour Demarchi

Estrutura de supermercado já desabou em 2012 e volta a assustar quem mora nas imediações

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
04/09/2014 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Os moradores de um condomínio localizado no bairro Demarchi, em São Bernardo, ainda estão assustados com resquícios do desabamento do muro do Carrefour Demarchi, em março de 2012. Após pouco mais de dois anos do acidente, que comprometeu 14 residências, fissuras e rachaduras começaram a aparecer na mesma parede, que fica ao lado dos imóveis. E o contato com os responsáveis pela empresa via telefone é praticamente impossível, conforme os vizinhos.

O síndico responsável pelo condomínio, Eder Botelho, afirmou que desde a conclusão do conserto da parede, a empresa não atende mais os moradores. “Tentei ligar para os diretores, que deixaram os telefones com a gente, mas ninguém me atende mais. A nossa preocupação é que várias fissuras começaram a aparecer no muro e também dentro de muitas das casas que foram afetadas na ocasião do desabamento. A maior delas tampamos com cimento, mas pode ser que tenha danificado a estrutura. Além disso, também percebemos infiltrações”, reclama.

Segundo Botelho, outro pedido feito por ele é que o Carrefour forneça periodicamente laudo para informar que tudo vai bem na estrutura da obra. “Isso se chama relatório de manutenção preventiva, e pedi à empresa que fosse feito de seis em seis meses. Como a gente não consegue contato via telefone, mandei três notificações extrajudiciais, mas ainda não obtive qualquer retorno”, afirmou.

Somente após o Diário procurar a empresa é que o Carrefour Demarchi informou que acionou o departamento de engenharia e obras para, em caráter preventivo, realizar vistoria técnica no local. Conforme a nota enviada ao jornal, a fiscalização seria periódica “para garantir a integridade da estrutura”. Os moradores, porém, garantem que ninguém aparece por lá desde 2012. O acúmulo de problemas atesta a fala dos vizinhos.

BARULHO

Além do problema no muro, os moradores também precisam conviver com a entrada e saída de caminhões. Isso porque o condomínio fica em uma rua sem saída e, ao lado dele, está localizado o depósito do Carrefour.

“Quando aconteceu a queda do muro, pedimos para que não houvesse mais a entrega de produtos por meio de carretas e eles atenderam os pedidos. Porém, o barulho dos caminhões começa bem cedo, fora quando a rua fica travada por causa do excesso de veículos”, disse o síndico. Outra coisa que também incomoda os moradores é o barulho do gerador do local, que funciona durante todo o dia. 




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