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Pessoas e metrópoles: amor e ódio

Todo mundo reclama do trânsito, das filas nos cinemas, teatros, espetáculos e restaurantes, dos parques congestionados

Do Diário do Grande ABC
25/08/2014 | 07:51
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Artigo

Todo mundo reclama do trânsito, das filas nos cinemas, teatros, espetáculos e restaurantes, dos parques congestionados, das confusões nos domingos de clássico no futebol, dos ônibus e trens lotados e da distância do trabalho. Porém, poucos estão dispostos a abdicar do acesso à cultura, ao lazer, ao ensino, à gastronomia, à assistência médica, a salários mais elevados e a infraestrutura e facilidades presentes nas metrópoles.

Essa contradição cotidiana dos brasileiros nas grandes regiões metropolitanas é o sintoma psicossocial de equivocado modelo de desenvolvimento urbano, decorrente da concentração econômica. Quanto mais gente, maior a demanda de tudo o que os indivíduos precisam e apreciam; quanto mais se atende a essa procura, a cidade torna-se mais atraente. A metrópole se retroalimenta.

Como romper esse círculo vicioso? A resposta é teoricamente simples, mas muito complexa em termos práticos: realizando-se processo eficaz de descentralização. Há bons exemplos de municípios bem-sucedidos quanto à qualidade da vida e à oferta de serviços, lazer, cultura, saúde e educação.

Entretanto, num Brasil com 200 milhões de habitantes, essas cidades médias e grandes são insuficientes para atender, em volume, aos crescentes anseios de estudo, trabalho e inserção cosmopolita dos jovens. Assim, as promessas contidas nos ideários das metrópoles são sedutoras! Por isso, continuam crescendo desproporcionalmente. Mudanças eficazes nesse modelo de desenvolvimento exigem plano nacional, com a participação dos governos estaduais, para a multiplicação de microrregiões de fomento econômico. A alternativa unilateral de concessão de incentivos fiscais por parte das prefeituras para atrair empresas parece ter atingido ponto de saturação.

Considerando assim todas essas questões, ponderamos que o melhor incentivo que os municípios podem oferecer para atrair investimentos não são os de ordem tributária, mas sim de qualidade em sua infraestrutura e serviços. Itens como saneamento básico, Segurança, hospitais, portos, aeroportos, logística e escolas parecem ser elementos muito mais importantes para potenciais investidores do que simples descontos no ISS.

Política nacional de desenvolvimento urbano, com foco na melhoria e ampliação da infraestrutura dos municípios, potencializaria vocações econômicas regionais e contribuiria para desafogar os grandes centros. Está mais do que na hora de estendermos além dos grandes centros urbanos as opções de moradia, trabalho e lazer para nossa população.

Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de marketing da Sobloco Construtora.

Palavra do leitor

Sem reeleição
A notícia de que Marina Silva, se eleita, só governará por quatro anos me deixou bastante satisfeita, pois, particularmente, também sou contra reeleição, inclusive entendo que até para o Legislativo deveria ser diminuído ao menos para, no máximo, dois mandatos. Em análise sobre essa candidata, a cada dia suas ideias batem mais com as minhas. Será que desta vez nosso Brasil melhora? Deus nos ajude.
Rosângela Caris
Mauá

Obrigatório
Oposição ou situação, não tenho estômago para aguentar conversa fiada de político, seja ele de qual partido for. Principalmente dos ‘caciques’ já bastante conhecidos de todos nós. Com 73 anos, lembro-me bem da bagunça e bandalheira que protagonizavam até março de 1964. Daí os inevitáveis 21 anos da ditadura militar. Aqueles mesmos políticos e outros, incluindo anarquistas que surgiram depois como pragas na lavoura e urubus na carniça, inconformados com a marginalidade em que estavam e ávidos do poder, dentro e fora do País se aticularam para trazer de volta a ‘democracia’ que não souberam manter. Hoje, com eles no poder há quase 30 anos, pagamos muito mais impostos. E qual o retorno? Quase nada! As constantes greves mostram o descontentamento dos trabalhadores de todas as categorias. A lei Falcão do regime militar, combatida por eles, proibia esse teatro deprimente no rádio e na TV que, hoje, quer queira quer não, somos obrigados a ouvir e engolir.
Nilson Martins Altran
São Caetano

Acabando com o sono
Gostaria de avisar aos barulhentos que esses carros de som com propaganda política tiram a paciência e o sossego de qualquer um. Existem outros meios de se fazerem conhecidos. Nos acordar aos sábados, domingos e feriados com esses jingles ridículos e músicas de baixíssima qualidade é, no mínimo, falta de bom-senso. Jamais votarei em candidato que faz isso. Santinhos são fáceis de visualizar e, se não for o candidato escolhido, fáceis também de descartar. Além disso, já há a propaganda eleitoral e os chamados ‘cavaletes, que estão por toda parte e, da mesma forma, nos incomodando.
Vitor de Arruda Fernandes
Santo André

O que mais falta?
Presto minha admiração e meus agradecimentos pelo respeito e desvelo que este Diário de nossa região vem demonstrando na divulgação das cartas dos aposentados, desrespeitados com a defasagem de seus proventos, relegados a reajustes aquém da realidade. Assim sendo, gostaria que os futuros presidenciáveis tomassem conhecimento de tal situação, pois seus assessores estão lhes faltando com informação que tão bem este jornal mostrou nos dias 10, 13, 16, 17, 18 e 21 (Opinião), informando que os aposentados estão perdendo seu poder aquisitivo não só em razão do famigerado fator previdenciário, mas também pela inoperância do poder constituído nos últimos 16 anos (dia 21). Será que falta informação desses dados aos presidenciáveis? Haja vista que este nosso Diário (dia 9) mencionou o nome de um candidato e este, até o momento, não se manifestou a respeito. Será que falta avisar a todos os presidenciáveis que poderá vir no dia das eleições a resposta às omissões sofridas pelos aposentados?
Nery Souza
Santo André

Português
Ainda sobre a entrevista na TV, a candidata à reeleição estava tão à beira de ataque de nervos, com a pequena entrevista ao âncora do Jornal Nacional, que esqueceu da sua imposição – de ser chamada de Presidenta –, em dois momentos dizendo ‘eu sou presidente’, e em outro momento assassinou o português com um ‘para mim governar’, mesmo com centenas de livros à sua volta e à frente das câmeras!
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Ilegalidade
Que o espírito republicano da classe política brasileira é aberração não tenhamos dúvidas! Apesar de todas as constatações em relação às desprezíveis atuações dos malévolos edis, percebemos enorme evolução na prática da subatuação dos candidatos do País em suas devoradoras campanhas políticas! Mas falo do meu Grande ABC, mais pontualmente de Santo André. Não bastassem os entediantes abraços nas mães, nos pais, na cidade quando aniversaria, tudo por meio das grandes e enfadonhas faixas alusivas, os candidatos, também em Santo André, disputam os territórios marcados pelos cachorros (que já reclamam de seus postes), dos macaquinhos, aves etc, de suas árvores e os grandes terrenos que abrigam redes elétricas, entre outros ‘pontos nobres’, quase sempre bens públicos! Parece que nossos candidatos a deputado federal e estadual, senador e presidente – e até quem nem é candidato –, num cio incontrolável, querem seus sorrisos pendurados em todos os pontos onde são irregulares propagandas políticas. Parecem ter muito prazer! Nossas leis, com seus órgãos manipulados, não existem! Se está difícil votar, medíocres que são, está fácil exclui-los pelas que esbanjam ilegalidades!
Paulo Rogério Pereira
Santo André

Sem defeitos?
Será que o espírito do ex-governador do Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente de avião em Santos, vai governar o Brasil? Ridículo em todos os aspectos mostrar uma pessoa como se ela fosse 100% correta, sem defeitos. Ora, façam-me o favor de parar com isso. É rídiculo! Agora, quem manda no partido e na candidatura é Marina Silva, que é ex de Lula, que está com Dilma.
Antônio José Gomes Marques
Capital
 




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