Em um ano, o número de pessoas assassinadas no Grande ABC teve queda de 28%. No mês passado, as delegacias da região registraram 18 vítimas de homicídios dolosos – quando há intenção de matar –, ante 25 no mesmo período de 2013. O número é positivo se comparados com indicadores da Capital e do Estado: redução de 16,5% e 10,7%, respectivamente. Os dados foram divulgados ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Quando a base de comparação é o primeiro semestre, a situação é desfavorável ao Grande ABC. Foram 141 assassinatos nos seis primeiros meses deste ano, contra 139 na primeira metade de 2013 – 2,9% a mais. A alta foi puxada principalmente por Ribeirão Pires, onde essa modalidade criminosa quase dobrou, passando de nove para 18 vítimas.

Os roubos em geral tiveram crescimento de 37,6% em junho, pulando de 1.709 para 2.651 registros. Cinco cidades da região tiveram majoração superior a 40%, com exceção de São Bernardo e São Caetano, que apresentaram elevação menor. Os dois municípios são de responsabilidade da Delegacia Seccional de São Bernardo. O delegado titular, Waldomiro Bueno Filho, não foi localizado para comentar as estatísticas até o fechamento desta edição.

Os furtos tiveram queda de 8,6% na região. Ribeirão Pires foi a única cidade do Grande ABC que apresentou alta, com 1,3% a mais. Roubos de veículos caíram 4,39%, enquanto furtos de veículos registraram elevação de 2,25%.

A comandante da Polícia Militar no Grande ABC, coronel Cláudia Rigon, considera positivos os indicadores de junho. “Ficamos satisfeitos na comparação com outras cidades da Região Metropolitana. Nossas operações têm surtido efeito.” Ela avalia que a Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar), programa que permite o pagamento a policiais para trabalhar durante as folgas, já tem apresentado resultado.

O delegado Luiz Carlos do Carmo, titular da Seccional de Santo André, considera que a possibilidade de registro de roubos pela Delegacia Eletrônica fez aumentar esse índice. A delegada seccional de Diadema, Martha Rocha de Castro, não foi encontrada pelo Diário.