O incêndio que destruiu quase metade do galpão da Sesurb (Secretaria de Serviços Urbanos) da Prefeitura de São Caetano, na Avenida Presidente Kennedy, em 24 de setembro, está afetando o abastecimento de materiais na rede básica de Saúde do município. A falta de itens não compromete o atendimento aos pacientes, mas, segundo funcionários, atrapalha as atividades diárias. A Prefeitura reconhece o problema e afirma que está em processo de racionamento por falta de espaço para armazená-los. O galpão tem 4.800 metros quadrados.

Copos plásticos, papel toalha, papel higiênico, água, seringas, luvas plásticas, sulfites para impressão e até café e açúcar têm faltado nas unidades, que fazem esquema de remanejamento para suprir a demanda. Ontem de manhã, o Diário visitou cinco UBSs (Unidades Básicas de Saúde), onde funcionários confirmaram a situação. Já os pacientes afirmaram que o problema não prejudica o atendimento.

Segundo a Prefeitura, o material antes entregue para quatro meses agora é distribuído para algumas semanas. A compra é feita aos poucos e por isso a logística de entrega foi alterada. Alguns funcionários, que pediram anonimato, relataram fazer rateio para compra de alguns materiais. Outros assumiram trazer de casa.

A Prefeitura negou que os medicamentos estão incluídos no racionamento. Por causa das eleições municipais, o edital de licitação para contratação da empresa que irá fazer a reforma do galpão só foi publicado terça-feira. A expectativa é que a manutenção e recuperação do espaço sejam concluídas em até dois meses. A intenção da administração é começar a utilizar o galpão gradativamente, assim que os espaços forem liberados. O prédio também servia como garagem de carros da Prefeitura, ambulâncias e veículos da Defesa Civil, e armazenava pneus, medicamentos, alimentos, materiais de limpeza, ferramentas e materiais de papelaria.