Política Titulo Em Diadema
PV e PSDB caminharão juntos no segundo turno
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
22/11/2011 | 07:03
Compartilhar notícia


Com candidaturas de oposição à administração do prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), PV e PSDB têm acordo firmado para estarem no mesmo palanque em eventual segundo turno, caso um dos dois partidos fique pelo meio do caminho na corrida eleitoral. A intenção é fortalecer o projeto oposicionista para tirar o PT do poder na cidade depois de 12 anos consecutivos.

Segundo o presidente tucano do município, vereador José Dourado, a parceria foi costurada com o também vereador Lauro Michels, pré-candidato ao Paço pelo PV. "Antes de o Lauro sair do PSDB, conversamos sobre isso e deixamos tudo acordado. Caso o PV vá para o segundo turno, vamos apoiar. Se for o PSDB, teremos o apoio deles."

A união no segundo turno ainda não foi sacramentada oficialmente. Principalmente porque o pré-candidato do PSDB ao Executivo, José Augusto da Silva Ramos, e a deputada estadual Regina Gonçalves (PV) não se reuniram para tratar sobre o assunto. "Tenho certeza de que eles (PV) virão conosco. A Regina sabe que do lado de lá não leva a lugar nenhum", disse Dourado, referindo-se à aliança entre PV e PT,

Regina cogitou formar a frente antiPT no segundo turno. Porém, ressaltou que o projeto de lançar Michels ao Paço é fazer com que o PV alcance a segunda etapa do processo eleitoral. A avaliação interna é que o vereador verde poderia aglutinar os votos dos descontentes das administrações do PT e dos dissidentes do eleitorado de José Augusto.

"É provável que possamos nos unir no segundo turno, com Zé Augusto nos apoiando. Porque quem vai para o segundo turno é o PV. É mais fácil para o PT ir a uma campanha em que já conhece seu adversário", afirmou Regina. José Augusto tenta pela quinta vez consecutiva retornar à Prefeitura - ele administrou a cidade entre 1989 e 1992.

 

EFEITO MARINA

Embora Regina mostre confiança com a ida do PV para o segundo turno, a possibilidade de o partido ficar pelo caminho é estudada pela legenda. E, caso esse cenário se concretize, a sigla deverá rachar com relação ao apoio na segunda metade do pleito, assim como aconteceu com a presidenciável Marina Silva (sem partido) em 2010.

Na eleição presidencial, ela arrebatou 19,33% dos votos. A ex-senadora optou por ficar neutra sobre ajudar Dilma Rousseff (PT) ou referendar José Serra (PSDB). O PV, à época, se dividiu, fato que causou debandada na sigla, inclusive de Marina.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;