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Inky dá uma 'carteirada' em festa de euforia belga
26/06/2014 | 09:00
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Uma das boas novidades do cenário musical paulistano é a banda Inky, um som híbrido de rock e eletrônica vintage que divide a noite nesta quinta-feira, 26, em São Paulo com uma pequena força-tarefa da música belga - animados pela campanha de sua seleção, desembarcam logo mais à noite no Beco 203, na Rua Augusta, os grupos belgas Goose, SX (da deslumbrante vocalista Stefanie Callebaut) e Black Box Revelation.

Os garotos do Inky sobem ao palco como a contrapartida nacional dessa torcida globalizada. Eles têm uma musa à frente, a cantora Luiza Pereira, de 22 anos, e uns climões mais sombrios e devastados do que tem sido a regra no rock recente na Pauliceia. Além de Luiza, que também toca sintetizador, a banda tem Guilherme Silva (vocal e baixo), Stephan Feitsma (guitarra) e Victor Bustani (bateria).

O grupo acaba de gravar seu primeiro disco, Primal Swag (Uivo Records), e já se vê cercado de um pequeno culto de fãs selecionados. Há um videoclipe do Inky na internet, o da música Baião, que coloca os night bikers da cidade numa arena de gladiadores (e não é no sentido metafórico). "O diretor do vídeo teve a ideia e veio conversar com a gente. A gente pensou: ?Beleza, se tem que ser uma megaprodução, vamos precisar de dinheiro", diz o guitarrista, Stephan. Buscaram um patrocinador, que examinou a ideia e, surpresa, adorou.

O roteiro de Baião (música cujo nome é uma ironia, a única coisa que lembra um baião ali é uma certa pulsação do baixo) foi desenvolvido em alguns meses, e o resultado é épico, com São Paulo como cenário. Parece "bladerunneriano", mas a tecnologia do Inky é toda retrô, seus sintetizadores são analógicos. "O nosso som é algo que poderia ter sido feito lá na década de 60 ou de 70, mas a releitura é mais moderna", pondera Stephan.

Eles gostam da afirmação de que seu som se diferencia bastante do da geração que os precedeu, como o CSS, por exemplo. "É um elogio isso", diz Stephan. "Em primeiro lugar, porque a gente é músico mesmo, desde moleques. Em segundo, porque, como a Luiza disse, a gente decide como uma banda de rock, mesmo usando camadas eletrônicas na música. Vamos tocando, jamming, e aí vamos aparando as arestas", afirma o guitarrista, que tem um estúdio em casa, o que facilita bastante.

O embrião do grupo começou em 2010. O baixista Guilherme tinha uma obsessão. "Ele conheceu Luiza quando ela tinha 16 anos e disse que a vida toda quis fazer uma banda pra ela." Adotados pela Red Bull, que apoia seu trabalho, a banda já tocou em Goiás, no festival Bananada, em maio, e "segue o jogo", como diz o narrador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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