A Prefeitura de Mauá contratou empresa para traçar diagnóstico da coleta seletiva na cidade e elaborar plano municipal. A medida atende à Lei Federal 12.305, de 2010, que regulamenta o Programa Nacional de Resíduos Sólidos. A Humanizar Consultoria Socioambiental foi homologada vencedora do certame, que teve início no primeiro semestre de 2013 e foi finalizado na terça-feira. O contrato prevê investimento de R$ 240 mil, sendo R$ 220 do Ministério do Meio Ambiente e R$ 20 mil de contrapartida municipal.

De acordo com a Secretaria municipal de Meio Ambiente, a empresa tem prazo de um ano, a partir de julho, para traçar diagnóstico da coleta seletiva e até meados de 2016 para apresentar o plano municipal. Atualmente, a cidade recicla 1,5% do total do lixo coletado, cerca de 35 toneladas por mês. Em março de 2013, a Prefeitura informou que tem meta de ampliar a quantidade de lixo reciclado para 8% até 2016.

Apesar de o governo federal ter dado prazo até agosto de 2012 para que os municípios apresentassem soluções para a coleta, destinação e tratamento do lixo urbano, Mauá assinou decreto que estabelece o programa apenas em 2013. A secretária de Meio Ambiente, Cássia Rubinelli, destaca que a ação proporcionará estrutura necessária para fortalecer o serviço de coleta seletiva no município. “Isso possibilitará melhorias ao meio ambiente e à qualidade de vida dos moradores”, observa.

Hoje, a cidade mantém dois projetos pilotos de coleta de recicláveis na região central e no Jardim Guapituba. Os munícipes podem descartar materiais como vidros, plásticos, metal e papel em espaços públicos, como unidades de Saúde e escolas. Todo o resíduo seco recolhido nestes locais e nos seis ecopontos espalhados pela cidade é encaminhado para a Coopercata (Cooperativa de Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável do Município de Mauá).

REGIÃO

O Grande ABC gera, por mês, aproximadamente 66.523 toneladas de lixo. Desse total, cerca de 5%, ou 3.374 toneladas, são recicladas. Estima-se, porém, que cerca de 30% do volume produzido na região tenha potencial de reaproveitamento. Portanto a reciclagem ainda é tímida. Santo André, São Bernardo e São Caetano são as únicas cidades da região a realizar a coleta de recicláveis porta a porta.