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MP e Estado debatem
maus-tratos a internos

Palco de três rebeliões ocorridas no último mês, a unidade de
São Bernardo deve ser o foco da reunião marcada para hoje

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
09/08/2012 | 07:00
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A promotora da Vara da Infância e Juventude de São Bernardo Vera Lúcia Acayaba de Toledo agendou para a tarde de hoje, na Universidade Metodista de São Paulo, reunião entre entidades de defesa dos menores internos e a direção da Fundação Casa, tanto geral quando da unidade do município. A expectativa das entidades é abordar as três rebeliões ocorridas na cidade no último mês.

Representantes do Cedeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) da Fundação Criança e do Conselho Tutelar justificarão as denúncias que constam de relatório entregue ao MP (Ministério Público). No documento, os cerca de 130 internos dos dois prédios da unidade local relatam maus-tratos, agressões, falta de higiene, alimentação precária e superlotação.

Segundo o diretor-presidente da Fundação Criança, Ariel Alves, o encontro estava agendado há cerca de um mês, quando a promotora abriu o primeiro inquérito para apuração de denúncias feitas pelos menores. Agora, com os três motins registrados, a conversa deve ganhar outra conotação.

"Estamos com a expectativa que o MP tome as providências necessárias para acusações do porte que apresentamos. Era isso que estávamos cobrando. E é isso que espero", resumiu o conselheiro tutelar Ilacir de Jesus Chagas, um dos autores do relatório entregue à promotora.

As entidades, no entanto, não se mostram otimistas no que diz respeito a uma solução prática. "Não ficou muito claro o que está sendo proposto nessa conversa. Em nenhum momento há menção às rebeliões ocorridas no mês passado. Tomara que isso não seja simplesmente esquecido", disse Chagas.
Diretores da Fundação Casa e responsáveis diretos pela unidade do município estarão presentes, assim como monitores da universidade que atuam voluntariamente no local. O MP não quis antecipar os assuntos a serem debatidos nem o conteúdo do relatório com as denúncias que recebeu.

"Queremos conversar. Não há indícios de que a fundação incentive essas situações", destacou Alves.




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