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Educação cai pela metade
Cidades criaram 17.425 vagas no Ensino Infantil desde 2009;
expectativa é de que, até dezembro, número salte para 25.110
Do Diário do Grande ABC
Presente em todos os planos de governo dos pleiteantes a prefeito das cidades da região, a ampliação da oferta na Educação Infantil (zero a 5 anos) ainda é desafio. Desde 2009, foram construídas 52 escolas, o que proporcionou abertura de 17.425 vagas nesta faixa etária. A expectativa é de que, até dezembro, o número salte para 25.110. Apesar de a fila ter caído pela metade (de 30 mil para 14 mil), 15,2 mil crianças ainda estão longe das escolas.
De 2009 para cá, São Bernardo abriu 5.513 vagas de zero a cinco anos com a construção de 19 unidades, entre elas dois CEUs. Com isso, houve queda de 58% no déficit educacional, que ainda tem 5.000 crianças de zero a quatro anos fora da escola. Outro avanço foi a entrega de 15 mil netbooks.
A meta é colocar mais 7.177 alunos nas salas de aula até o fim do ano com a inauguração de três escolas e mais dois CEUs. A secretária de Educação, Cleuza Repulho, destaca o trabalho de qualificar a rede. "Diminuímos o número de alunos por turma (de 38 para 25) e readequamos a merenda com a retirada de açúcar das refeições e inclusão de frutas, legumes e verduras", diz.
Em Santo André, 11 novas escolas abriram espaço para mais 4.559 estudantes, o que proporcionou universalização na pré-escola (4 e 5 anos). Ainda assim, 3.000 crianças esperam por espaço. Um dos destaques é o projeto Formadores do Saber, em parceria com a Fundação Santo André, que atende 17 mil alunos e 1.000 docentes da 1ª a 5ª séries do Ensino Fundamental. Neste ano, teve início entrega de tablets para alunos da 5ª série.
Mauá abriu 2.970 vagas no Ensino Infantil com a construção de quatro unidades educacionais. Até o fim do ano, a promessa é colocar mais 208 alunos nas escolas, com a inauguração de prédio na Vila Assis, o que proporcionará o fim do deficit na pré-escola. Cerca de 1.030 crianças estão na fila.
Em Diadema, foram criadas 2.695 oportunidades com a construção de cinco creches - todos os alunos entre 4 e 5 anos passaram a ser atendidos, mas 5.000 pequenos, com menos de 3 anos, ainda estão fora dos bancos escolares. Está prevista para este ano inauguração de creche no Campanário com 300 vagas.
Outro destaque foi a implantação do Mais Educação, que beneficia 6.000 crianças de 6 a 8 anos que passaram a ficar até oito horas na escola. Além disso, houve ampliação de 719 vagas para formação profissional na Fundação Florestan Fernandes.
A única cidade onde não tem crianças fora da escola é São Caetano, onde, desde 2009, foram abertas 322 vagas na Educação Infantil e inauguradas quatro unidades. Um dos focos foi o investimento no ensino profissionalizante, além da criação do TecMais - programa que oferece bolsas de estudo de R$ 300 mensais para o Ensino Técnico. Outra promessa cumprida foi o Centro de Formação dos Professores, além da entrega de 7.000 netbooks.
Com a inauguração de seis escolas, Ribeirão Pires ampliou em 1.200 a oferta na Educação Infantil. A meta é entregar mais quatro até dezembro. Rio Grande da Serra não respondeu.
Grande ABC avança na municipalização
Em três anos e meio, 24 escolas que atendem estudantes do Ensino Fundamental (6 a 10 anos, o que corresponde ao período entre o 6º ao 9º ano) passaram a ser administradas de forma compartilhada entre as prefeituras e o Estado. Metade dessas unidades está em São Caetano, enquanto Santo André e Diadema municipalizaram seis cada. O tema corresponde à única promessa de campanha na área da Educação feita em 2008 pelo prefeito Luiz Marinho (PT), em São Bernardo, que ficará para a próxima gestão. Segundo a secretária de Educação, Cleuza Repulho, a prioridade da Pasta foi atender a demanda que é de responsabilidade exclusiva do município, o Ensino Infantil, para depois iniciar a conversa com o governo do Estado para compartilhamento da administração do Ensino Fundamental. "Pedimos posicionamento do Estado em 2010, mas ainda não tivemos resposta", diz. Os demais municípios informaram que a municipalização não estava entre os planos.Juntas, as seis prefeituras atendem 90,8 mil alunos do Ensino Fundamental. Apenas São Caetano tem escolas de Ensino Médio municipalizadas, com 1.788 alunos. SÓ PROMESSA Segundo a Prefeitura, o projeto foge da proposta de educação de qualidade. Por isso, o município optou pela ampliação do número de vagas em creches regulares. Ribeirão Pires não esclareceu o motivo de o projeto não ter saído do papel.
Algumas propostas feitas pelos então candidatos a prefeito em 2008 não avançaram. Este é o caso da implantação de escola municipal de Ensino Médio em Ribeirão Pires e do projeto Mãe Crecheira - criação de creche domiciliar -, em Santo André.
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