Setecidades Titulo Burocracia
Consórcio cobra Estado
por investimento na Saúde

Instituição regional teme perder verba de R$ 20,4 mi
se recurso não for revertido dentro de prazo estipulado

Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
04/10/2013 | 07:00
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


O Consórcio Intermunicipal cobra agilidade do Estado na aplicação de R$ 20,4 milhões para a rede de Saúde da região, que está disponível desde maio do ano passado por meio do programa QualiSUS (parceria entre governo federal e o Banco Mundial). A entidade regional teme perder o recurso se a verba não for executada rapidamente.

“Existem prazos objetivos para a utilização desse dinheiro. Mesmo tendo definido essas prioridades entre os sete prefeitos, Estado e Ministério da Saúde em 2012, e o projeto ter sido finalizado há mais de um ano, só agora está indo para licitação. E já estamos nos aproximando do fim do prazo para início da aplicação do recurso”, afirmou o coordenador do GT de Saúde do Consórcio e secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro. Segundo ele, os investimentos devem começar a ser aplicados até o fim deste mês para que não sejam cancelados.

A Secretaria Estadual da Saúde informou que o projeto encontra-se em execução em todos os seus eixos, dentro dos prazos estabelecidos, mas não informou qual a data limite para concretizar o investimento.

Em nota, a Pasta ainda informou que estranha as “declarações equivocadas” dos representantes do Consórcio sobre o andamento do projeto, alegando que todas as etapas para a realização do programa estão sendo conduzidas e acompanhadas tanto por representantes da secretaria quanto por representantes das sete cidades.

O Ministério da Saúde informou que o repasse não será cancelado, ainda que os investimentos não sejam feitos até o fim deste mês. Os prazos máximos para a reversão da verba ainda estão sendo definidos. No entanto, a Pasta federal informou que o processo na região precisa ser acelerado. O contrato do programa com o Banco Mundial se encerra em maio do ano que vem. Se até lá os recursos não estiverem sendo executados, podem ser perdidos.

Do total da verba, R$ 6,5 milhões serão destinados ao Hospital Mário Covas, com o objetivo de transformar a unidade em referência no atendimento de urgência. Outros R$ 3,5 milhões serão utilizados na melhoria do setor de urgência de cada cidade e qualificação de profissionais com nível superior, além de R$ 5 milhões para melhorias nas 136 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região. E cerca de R$ 2,6 milhões irão para a compra de equipamentos. O restante será aplicado na qualificação e treinamento dos funcionários.


Entidade não quer hospital em Cotia

Em maio, o então secretário estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, anunciou que o hospital de retaguarda pleiteado pelo Consórcio Intermunicipal para atender aos sete municípios deverá ser criado pelo Estado em Cotia, na região metropolitana de São Paulo. Agora, a entidade pede ao novo titular da Pasta estadual, David Uip, para que a unidade destinada a pacientes crônicos com longo período de internação seja instalada em uma das sete cidades.

“O (Luiz) Marinho (prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio - PT) reiterou ao novo secretário que a instalação do hospital em Cotia não agrada e não contempla as necessidades da nossa região por vários motivos, como distância, porque não queremos abandonar nossos idosos e pacientes crônicos. Um local distante dificultaria a visita dos familiares. A população que depende do SUS (Sistema Único de Saúde) no Grande ABC teria grande dificuldade de chegar até lá”, afirmou o coordenador do GT de Saúde do Consórcio, Arthur Chioro.

A opção dada pela entidade regional é a utilização do Hospital São Caetano, que está funcionando parcialmente, como referência em internações na região. “Há certo consenso para, em vez de construir um hospital, utilizar estrutura já existente que não é aproveitada”, disse Chioro. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;