A lista divulgada quinta-feira pela Fundação Procon-SP coloca três empresas de telefonia como as mais reclamadas do ano de 2006. A Telefônica foi a campeã de queixas (2.262), seguida da Vivo (1.076) e da Embratel (916).

Os problemas mais comuns são relacionados a cobrança indevida de serviços, como binas e secretárias eletrônicas, e ligações desconhecidas na conta.

Apesar de terem números gerais grande de reclamações, as empresas atendem mais de 50% das queixas.

A assistente de direção do Procon-SP, Selma do Amaral, acredita que o grande problema da reincidência das empresas de telefonia no topo da lista é a solução individual dos problemas. “É preciso sanar a causa das queixas, não tratar como situações singulares”, explicou.

Selma espera que a substituição da contagem de pulsos por minutos contribua para que as reclamações diminuam.

Uma das surpresas da lista é a presença de clubes temáticos. O Parque Aquático do Gugu foi o quarto colocado em queixas no Procon-SP. Os clubes Candeias e Associação Atlética Guapira também estão entre as 30 que mais tiveram queixas.

Segundo a fundação, as áreas de lazer contrataram empresas de cobrança para pedir valores retroativos de títulos antigos que não pagavam manutenção. As empresas ameaçam colocar sócios com títulos de até 20 anos em listas de devedores caso não paguem o serviço que não era cobrado no contrato inicial.

No setor de alimentação, empresas que prometem perda de peso, fim da calvice e rejuvenescimento foram as campeãs. “Esses produtos executam muitas vezes propaganda enganosa. Muitos casos estão sendo investigados até pelo Ministério Público e Polícia Federal”, contou Selma.

A Telefônica, campeã de reclamações, afirmou que tem investido no sistema de atenção ao cliente e que os números do Procon-SP não levam em conta a quantidade grande de clientes da empresa.