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Empresas de SBC ameaçam tirar ônibus das ruas
Eduardo Merli
Do Diário do Grande ABC
26/01/2004 | 23:48
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O empresário João Antônio Setti Braga, responsável pelo consórcio de empresas que em 1998 assumiu o transporte coletivo em São Bernardo, disse que haverá queda no serviço caso a Prefeitura não dê algum tipo de subsídio ou conceda o reajuste no preço da tarifa de ônibus, que hoje está em R$ 1,75. Na semana passada, o prefeito William Dib (PSB) disse que não autorizaria nenhum aumento este ano.

“Entendo que é ano eleitoral, que a população está em dificuldade financeira, mas não dá para enfrentar isso até o fim de 2004. Fechar as portas é muito radical. Mas o que acontecerá é a deterioração do serviço. Em vez de operar com ônibus de cinco em cinco minutos, seremos obrigados a trabalhar com intervalos de 30 minutos”, disse o empresário.

Braga alegou que a alta queda no volume de passageiros nos últimos quatro anos, somada à elevação de custo dos insumos (pneu, óleo diesel) em 2003, tornou "insustentável" a situação das empresas, que há sete meses estão “no vermelho”, segundo o empresário. “Vou ter de tirar carro da rua, o que será um desserviço à população. Mas é a única saída”, afirmou.

O consórcio, formado pela Viação ABC e Riacho Grande, começou a operar em 1998 e, segundo dados próprios, transportavam cerca de 5,5 milhões de passageiros por mês no município. “Hoje são quatro milhões”, disse o empresário, que possui 360 ônibus em operação. Ele disse que não é favorável ao aumento da tarifa, nem a greves das empresas de ônibus na cidade. Mas acredita na possibilidade de a Prefeitura subsidiar parte dos insumos que hoje são arcados totalmente pelos empresários.

“São Paulo está dando R$ 30 milhões por mês, são R$ 360 milhões por ano. Diadema também já aprovou lei que reembolsa (a passagem de) estudante, idoso. Se você for ver, a tarifa está sendo subsidiada em Diadema”, disse o empresário.

Para ele, o subsídio ideal é aquele que permite a recuperação dos cinco milhões e meio de passageiros mensais de 1998. “Quer queira ou não, é o equilíbrio do contrato”, disse.




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