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Prazo de reajuste para querosene de aviação deve ser ampliado
28/08/2008 | 07:03
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Está em discussão no governo a possibilidade de ampliar o intervalo de tempo para o reajuste do querosene de aviação, atualmente determinado por contrato, mensalmente. A informação é do diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Ronaldo Serôa da Motta.

Motta disse que esta é uma reivindicação do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), encaminhada ao Ministério da Defesa em meados de julho. "Eles querem um tipo de subsídio semelhante ao que a Petrobrás dá para o GLP, o gás de cozinha", diz o diretor.

A mudança valeria para o combustível de aviação usado apenas no tráfego aéreo doméstico. O GLP envasado em botijões de 13 quilos, vendido basicamente à população de baixa renda, não é reajustado desde 2002.

Naquele ano, o congelamento do preço do botijão foi um dos principais compromissos de campanha do presidente Lula. No entanto, o gás, em botijões com volumes maiores já foi reajustado pelo menos três vezes desde então.

O Snea informa que na reunião realizada em julho com

o ministro Nelson Jobim ele teria se comprometido ‘a fazer gestões' junto à Petrobras para discutir uma eventual alteração no cálculo.

Conforme o diretor da entidade, foi pedido um documento ao Snea que mostre a defasagem entre o preço do querosena de avião no País e no mercado internacional que justifique uma mudança de cálculo ou aumento do prazo para o reajuste, o que ainda não foi feito.

O querosene de avião acumula alta de 36,38% neste ano (em 2007, houve alta de 12,6%). Segundo o Snea, o querosene respondia, em média, por até 35% dos custos de uma empresa aérea em 2007.

Atualmente, essa parcela subiu para 45%. O presidente do Snea, José Márcio Mollo, diz que o atual cálculo do reajuste do querosene para aviões leva em conta o custo do frete e do seguro para a importação a partir do preço médio do Golfo do México. No entanto, afirma que a Petrobras produz cerca de 80% do combustível no País.




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