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Conversa de botequim
Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
22/06/2012 | 07:01
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Divulgação


Desde que o mundo é mundo os homens elegeram a mesa de bar como divã oficial. É nesse reduto regado a testosterona que eles discorrem sobre os assuntos que mais gostam: futebol e mulher, não necessariamente nesta mesma ordem. É por isso que o teor destas conversas sempre causou muita curiosidade na mulherada, interesse esse que poderá ser amenizado com o longa 'E Aí, Comeu?', adaptação da peça homônima de Marcelo Rubens Paiva, vencedora do prêmio Shell. O filme, que estreia hoje, conta de forma bem-humorada o conflito de pensamento entre os sexos e, principalmente, a importância que a mulher tem na vida de um homem, por mais ‘metido a machão' que ele seja.

A história, produzida por Augusto Casé e dirigida por Felipe Joffily, tem como cenário principal o fictício bar Harmonia, típico estabelecimento carioca que é o ponto de encontro de três amigos de infância. É lá que Fernando (Bruno Mazzeo), Honório (Marcos Palmeira) e Fonsinho (Emílio Orciollo Neto) discutem sobre seus relacionamentos e problemas do cotidiano. "Nós nos identificamos com a história dos três personagens, inclusive pelo fato de ir conversar com os amigos na mesa de bar. As pessoas vão se reconhecer nesta história", diz Bruno.

O seu personagem, Fernando, é um recém-separado que começa a ser ‘assediado' por Gabi (Laura Neiva), uma garota de 17 anos que mora em seu condomínio. Daí o nome do filme, já que os amigos o incentivam a esquecer a ex e entrar com tudo nesse possível relacionamento. Honório é um jornalista casado e, por conta da frieza e das saídas constantes de sua mulher Leila (Dira Paes) acredita piamente estar sendo traído. Já Fonsinho é um bon-vivant que tenta a todo custo finalizar um livro - se diz escritor, mas sem nenhuma publicação -, nunca encontrou um amor verdadeiro e mantém um relacionamento com a prostituta Alana (Juliana Schalch).

Os protagonistas dizem que a história é contada para mostrar como os homens, embora alguns tentem não demonstrar, são totalmente dependentes das mulheres. "Procuramos fazer uma homenagem às mulheres, mostrar o quanto são importantes para nós. Somos eternos apaixonados por elas", declara-se Emílio. "As mulheres vão ficar bem felizes quando assistirem. Inclusive vão poder saber o que tanto a gente conversa em um bar. O que se fala lá (no bar) não se escreve", acrescenta Marcos.

O filme, que teve R$ 5,5 milhões de orçamento, prestou uma homenagem a Chico Anysio, que morreu em março. O longa tem participações especiais de Seu Jorge, que faz o papel do garçom com o mesmo nome, Murilo Benício, Katiuscia Canoro, Tainá Muller, José de Abreu, Juliana Alves Barbosa e Renata Castro Barbosa. Será exibido em 550 salas do País e terá de combater os gigantes de Hollywood 'Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge' e 'O Espetacular Homem-Aranha'. "Vamos encarar aranhas e morcegos de frente", desafia Casé. Ele é a esperança brasileira para atrair mais de R$ 1 milhão de bilheteria no primeiro semestre deste ano, marca ainda não alcançada.




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