A falta de parte da equipe médica do Pronto-Socorro Municipal de Diadema gerou um início de tumulto na noite de quarta-feira. Das 21h às 23h, dois dos três médicos que formavam a equipe de plantão no hospital não foram trabalhar, sobrecarregando o médico presente e obrigando as recepcionistas da clínica a recusar a entrada de pacientes.

Segundo funcionários do hospital (que não quiseram se identificar com medo de represálias), a cena de quarta-feira é freqüente no PS Municipal. Muitos médicos escalados para trabalhar não comparecem aos plantões, o que prejudica o atendimento.

Quando essa situação ocorre, de acordo com os funcionários ouvidos pela reportagem, é necessário que seja feita uma triagem dentro do PS. Apenas os casos mais graves recebem atendimento. “Aparecer aqui com dor de cabeça e febre é ganhar bilhete de volta para casa”, disse uma funcionária indignada. “A gente que acaba sendo a linha de frente e ouve a reclamação do povo”, acrescentou.

A Prefeitura de Diadema confirmou nesta quinta-feira que houve falta de médicos no plantão de quarta-feira. Segundo a administração municipal, tratou-se de “um problema na troca dos turnos de trabalho”. Quando detectou-se que havia dois médicos a menos, outros profissionais teriam sido convocados para repor o quadro.