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Sama ganha fôlego para negociar com Sabesp
Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
19/08/2005 | 08:59
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A direção da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) ganhou fôlego extra para negociar dívidas da empresa com a Sabesp e retardar o aumento de 69% nas contas de água dos consumidores. A juíza Alexandra Fuchs de Araújo, da 7ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, emitiu na manhã desta quinta parecer favorável ao pedido de reconsideração da decisão do próprio órgão, que garantia à Sabesp o aumento do repasse do m³ de água de R$ 0,39 para R$ 0,659061 já neste mês. Com a decisão, a Sama tem agora 90 dias para tentar um acordo com a estatal e minimizar o impacto do reajuste. Essa medida reverte, em princípio, a decisão anterior da Sama, que era de interromper os repasses mensais à estatal nos últimos três meses do ano. O ‘calote’, a partir de outubro, somaria R$ 4,8 milhões até dezembro.

Na última terça-feira, a Sama recebeu notificação judicial que determinava o reajuste de 69%, além do pagamento, em 48 horas, da diferença dos repasses do meses de maio, junho e julho, calculada em R$ 1,9 milhão.

O diretor administrativo e financeiro da Sama, José Francisco Jacinto, se reuniu nesta quinta à tarde com diretores da Sabesp para negociar um acordo. “Acabou sendo uma ótima oportunidade para que se possa esclarecer todas as dúvidas e buscar um entendimento”, analisa.

Difícil – Mesmo com a vitória desta sexta, Jacinto acha muito difícil reverter o aumento no repasse do m³ da água em 69% e a transferência desse valor para as contas dos consumidores. O objetivo, então, será apresentar proposta que prorrogue ao máximo esse reajuste. A idéia é que, caso haja mesmo a necessidade do aumento, só aconteça em 2006. Outro ponto que será discutido com a Sabesp é a possível negociação da dívida da Sama, de R$ 632 milhões. Jacinto quer, também, entender como se chegou a esses valores. “Hoje não temos conhecimento dos fatores que fizeram chegar a esses números”.

Por meio de informe, a Sabesp criticou a postura da Sama e disse que a autarquia de Mauá “vem praticando preços irreais em sua tarifas e agora tenta imputar a outros a necessidade dos ajustes para adequação à realidade”.




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