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Branca de Neve: live-action traz nova perspectiva e controvérsias

A nova adaptação da Disney, estrelada por Rachel Zegler e Gal Gadot, segue a onda dos musicais que tem conquistado o público recentemente, trazendo visual e canções pouco envolventes

Natasha Werneck
20/03/2025 | 15:14
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FOTO: Divulgação

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O Diário assistiu, antes da estreia, ao aguardado live-action de Branca de Neve, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (20). A nova adaptação da Disney, estrelada por Rachel Zegler e Gal Gadot, segue a onda dos musicais que tem conquistado o público recentemente, trazendo visual e canções pouco envolventes - contém spoilers.

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A história do filme segue a trama clássica sem grandes alterações, apenas sofrendo adaptações para se encaixar melhor no contexto atual. Um dos exemplos mais notáveis é a dinâmica entre Branca de Neve e os sete anões: no original, a princesa realizava tarefas domésticas para eles; no live-action, ela assume um papel mais ativo e incentiva a eles mesmos realizarem as tarefas, criando momentos divertidos acompanhados de um número musical.


O roteiro segue de forma fiel ao conto, mas com pequenas mudanças que geram discussão entre os fãs. A origem do nome de Branca de Neve é uma delas: na história original, a escolha do nome ocorre por sua "pele branca como a neve, lábios vermelhos como o sangue e cabelos negros como ébano". No filme, porém, ela recebe o nome por ter nascido em meio a uma nevasca. A trama inicia-se com um tom feliz, até que sua mãe morre de uma doença e o rei se casa com uma feiticeira cruel e vaidosa. O falecimento do pai a deixa à mercê da nova rainha, que logo se revela uma figura aterrorizante.


Gal Gadot entrega uma Rainha Má com um toque sombrio e protagoniza até números musicais, algo inédito para a vilã e também para a própria atriz. Sua icônica interação com o espelho mágico está presente e se torna um dos pontos de discussão do longa. A frase clássica "Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?" levanta uma polêmica inesperada entre os espectadores: muitos questionaram como o espelho poderia considerar Branca de Neve mais bela do que a própria Gal Gadot. O filme responde a isso de forma inteligente, atribuindo à bondade de Branca de Neve a verdadeira fonte de sua beleza.

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Outro elemento modernizado foi a relação com o príncipe. Na versão original, ele aparece apenas após Branca de Neve ser envenenada. No live-action, ele é apresentado logo no início como um ladrão que luta pelos mais pobres. Branca de Neve o protege da Rainha Má, e ambos se unem mais tarde para enfrentar os caçadores enviados para matá-la.


O uso de CGI para os sete anões também gerou controvérsia. Em vez de escalar atores, a produção optou pelo uso do CGI. A tecnologia, que antes era apenas um complemento para os efeitos visuais, tem se tornado essencial para muitas produções, o que pode dividir opiniões entre os espectadores.


Na batalha final, em vez de fugir com o príncipe para um castelo distante, Branca de Neve lidera um levante contra a Rainha Má. Com a ajuda dos "ladrões", do príncipe e dos sete anões, ela inspira os habitantes do reino a se rebelarem. Os guardas do castelo, que antes eram camponeses armados pela vilã, trocam de lado ao lembrarem de quem realmente são. O desfecho da Rainha Má também difere do original: em vez de dançar até a morte em sapatos de ferro incandescentes, como no conto dos Irmãos Grimm, ela se desfaz dentro do próprio espelho mágico. O filme encerra-se com um clima de esperança, restaurando a paz ao reino.

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Apesar de algumas decisões polêmicas, o live-action de Branca de Neve cumpre seu papel ao modernizar um clássico da Disney sem perder sua essência.




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