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Alimentos mais caros. Dispara a inflação. Em busca de soluções...

O governo federal está analisando possíveis ações para reduzir os preços dos alimentos no Brasil, conforme anunciado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
29/01/2025 | 08:00
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O governo federal está analisando possíveis ações para reduzir os preços dos alimentos no Brasil, conforme anunciado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. A iniciativa surge em resposta à alta inflação dos alimentos, que superou a inflação geral em dez dos 12 meses de 2024, atingindo 8% no acumulado do ano.

Cf. noticiário deste janeiro de 2025.

Hoje, inflação; ontem carestia. E os mesmos problemas. Uma das soluções mais recentes foi a criação dos chamados sacolões. Você enchia a sacola, abastecia os armários e sobrevivia mais uma semana ou quinzena.

Hoje os preços nos tais sacolões ou varejões equivalem aos dos supermercados mais requintados.

CINTURÕES VERDES

Final do século XIX. Mão-de-obra escrava liberta ao menos oficialmente. Surgem as políticas imigratórias. Em torno das futuras regiões metropolitanas surgem os chamados cinturões verdes. Estimulava-se as plantações para abastecer os grandes centros.

Surgem – no caso mais próximo nosso – os núcleos coloniais de São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires.

AS COAPs

Início da década de 1950. Projetos como os da Cofap (Comissão Federal de Abastecimento e Preços) e seus órgãos auxiliares – como as COAPs - tomavam conta do noticiário.

Uma lei federal, a de número 1.522, de 26 de dezembro de 1951, autorizava o governo a intervir no domínio econômico para assegurar a livre distribuição de produtos necessários ao consumo do povo.

Pontos de vendas eram criados nos estados, territórios e municípios.

Ainda hoje, no bairro Assunção, em São Bernardo, é chamado de Coap (Comissão de Abastecimento e Preços) uma pequena praça junto ao antigo e primeiro campo de futebol do EC Triângulo, o Largo da Coap.

EM CAMINHÕES

Novos cinturões verdes eram idealizados em torno dos centros fabris que se formavam.

Plantava-se de tudo para o enfrentamento da carestia acelerada.

Caminhões eram liberados para a venda livremente de produtos nos bairros.

Como herança daqueles momentos de 70 anos passados, ainda hoje são vistos caminhões vendendo mercadorias pelos bairros da cidade: “Alô, alô, dona Maria, traga sacola ou bacia”.

MOEDA VERDE

Outra versão, o programa criado e desenvolvido pela Prefeitura de Santo André, o da Moeda Verde, que permite aos munícipes trocar cinco quilos de recicláveis por um quilo de frutas, legumes e verduras. Cada pessoa pode entregar até 150 quilos de materiais.

NOVOS CINTURÕES

Mais recentemente, o MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – defendia a criação de novos cinturões verdes em áreas públicas não ocupadas. Espaços seriam usados na produção de hortaliças, leguminosas, farinha de mandioca, mel, própolis, banana e até cachaça.

De repente, o assunto sai do noticiário. Por quê?

EM BUSCA DE ÁREAS

Diz-se que áreas como as da Grande São Paulo estão saturadas, urbanizadas e sem espaço para a lavoura de subsistência. Verdade. Mas, no entorno além da Grande São Paulo, não haveria áreas improdutivas que poderiam voltar a produzir?

História e memória poderiam indicar saídas muito mais objetivas que os projetos pensados no interior de gabinetes refrigerados longe dos dramas do povo mais sofrido.

INÍCIO DA DÉCADA DE 1950. Em torno da Capital São Paulo, espaço para a lavoura de subsistência: áreas do futuro Grande ABC faziam parte do cinturão verde paulistano

Canta Itália

Músicas, notícias e quadros voltados à velha Bota.

Convidado do programa: Augusto Coelho, fotógrafo de São Caetano.

Produção e apresentação: Marquitho Riotto. Hoje, ao vivo, 20h, com reapresentação no sábado, às 23h. Rádio ABC AM (1570) e FM 81.9, em cadeia com a Rádio Web Spaghetti, de São Bernardo.

Crédito das ilustrações 2 e 3 – Divulgação

CANECAS. Augusto Coelho e o resultado de fotos feitas durante viagens às cidades-irmãs de São Caetano. Imagens transformadas em desenhos e transferidas para canecas que lembram a cerâmica da sua cidade: história em forma de arte

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Domingo, 29 de janeiro de 1995 – Edição 8923

MANCHETE – ABC chegou ao limite, diz Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Para Luiz Adelar Scheuer, presidente da entidade, falta de terrenos e infraestrutura não permitia expansão da capacidade industrial.

EM 29 DE JANEIRO DE...

1905 – Do correspondente do Estadão na Estação Rio Grande (da Serra) – Carroceiros, carreiros e lavradores promoviam uma representação à Câmara Municipal de São Bernardo pedindo a recuperação dos caminhos da localidade, que se achavam estragados.

Continuavam cheias as várzeas do Carmo, da Mooca e do Cambuci com a enchente do Tamanduateí.

1955 – Recuperava-se a Represa Billings. Em setembro de 1904 possuía apenas 13% da sua capacidade, aumentada para 30,08% em janeiro de 1955 e a 34,99% com as últimas chuvas.

Faculdade de Ciências Econômicas de Santo André abria inscrições de candidatos à primeira série. A faculdade ocupava instalações da Escola Júlio de Mesquita, à Rua Prefeito Justino Paixão, 150.

MUNICÍPIOS BRASILEIROS

Hoje é o aniversário de Benjamin Constant (AM), João Neiva (ES), Pau D’Arco (PA), Pau D’Arco do Piauí (PI), Piraquara (PR) e Serro (MG).

Santo Aquilino

29 de janeiro

Alemão. Sacerdote. Falecido em Milão, Itália, por volta do ano 1015. Protetor dos carregadores e dos porteiros.

Imagem: Redes sociais




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