Akira Auriani fez uma publicação neste sábado (11) insinuando que Marcos Costa, o Tico, teria usado a secretaria de Obras como um 'balcão de negócios para cobrar propina'
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O vereador de Rio Grande da Serra Marcos Costa, o Tico (União Brasil), rebateu declarações do prefeito Akira Auriani (PSB), que, nas redes sociais, relembrou acusações contra o parlamentar, que teria usado a Secretaria de Obras como um "balcão de negócios para cobrar propina" junto com Kléber Avelino, ex-titular da Pasta. O unionista afirmou, ao Diário, que a insinuação é infundada e que ele foi alvo de uma “armação política” durante o processo que o envolveu em denúncias de corrupção.
“(Auriani) Foi infeliz na colocação dele, até porque todas as acusações que sofri foram decorrentes do processo político. Sofri uma armação política naquele momento, pois todos na cidade sabiam que eu era candidato à Prefeitura de Rio Grande da Serra. A perseguição que o Akira tem comigo é pessoal, desde quando articulei junto ao deputado Atila Jacomussi (União Brasil) o maior programa de recapeamento da história da cidade, que foi feito no meu berço eleitoral, que são os bairros da Vila Conde e Recanto das Flores. Infelizmente, montaram uma armadilha e me tiraram da disputa pelo Paço.”
O vereador lamentou “que o prefeito tenha sido oportunista” na postagem. “Esse processo segue sob segredo de Justiça, e um dos motivos é minha própria segurança, pois possivelmente uma das pessoas envolvidas foi denunciada. Parte do planejamento era armar um sequestro, o que também está sendo investigado.”
Tico também disse que todas as provas de sua inocência, incluindo vídeos, foram entregues à Justiça. “Todas as provas foram apresentadas à Justiça, comprovando que tudo não passa de armação. Só espero que aqueles que se aproveitaram dessa situação para dizer que são a renovação sejam honestos com a população. Não sou eu que quero que a cidade volte ao passado, mas sim ele. Akira quer me atacar porque eu estava lutando por uma cidade melhor e com mais infraestrutura”, disse o parlamentar.
O vereador também fez um alerta. “Vou continuar meu trabalho, independentemente das perseguições. Espero que a cidade realmente se transforme, mas, para isso, a gente tem de trabalhar com a verdade e a seriedade. Eu nunca vou me calar. Podem armar o que for, mas vou continuar firme no propósito de dias melhores para Rio Grande da Serra. Espero que não mandem ninguém até minha casa para me calar, porque não vão conseguir. Podem armar ou até atentar contra minha vida, mas continuarei firme no meu propósito.”
Akira, em postagem nas redes sociais, havia declarado: “Estamos colocando a casa em ordem e arrumando a bagunça que pessoas irresponsáveis e sem compromisso com a coisa pública deixaram, mas uma coisa posso garantir: no meu governo não vai ter vereador usando secretaria como balcão de negócios para cobrar propina.” A fala é uma alusão ao caso envolvendo Tico, que foi acusado pelo empreiteiro Abias Rodrigues de operar um esquema de corrupção com o ex-secretário de Obras Kléber Avelino, para liberar pagamentos de serviços executados pela empreiteira de Rodrigues.
Na época, as denúncias resultaram na exoneração de Avelino pela prefeita Penha Fumagalli (PSD), enquanto o vereador Tico pediu afastamento de sua cadeira na Câmara. No entanto, em abril de 2023, a Câmara rejeitou um pedido de cassação do mandato de Tico, proposto pelo vereador Marcelo Akira (Podemos), com base nas acusações de corrupção. O requerimento foi rejeitado por 7 votos a 5, com a maioria dos vereadores.
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