Mergulho é proibido; alertas de afogamento dos Bombeiros também são ignorados
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Os frequentadores da Prainha do Riacho Grande, localizada à beira da Represa Billings, em São Bernardo, aproveitaram o tempo estável ontem para se refrescar no local, mesmo diante da grande placa na entrada alertando que a água é imprópria para banho. “Nas últimas cinco semanas, a água esteve nessa condição. Assim, recomendamos aos banhistas que não entrem em contato direto para evitar risco de contaminação, por doenças de veiculação hídrica”, destacou a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) ao Diário.
Muitos adultos e crianças curtiram o calor e o descanso de fim de ano, ignorando o perigo. O sargento Renan, do Corpo de Bombeiros, revelou que os banhistas não obedecem ao alerta. É o caso da família do auxiliar de serviços gerais Nilton Almeida, 55 anos, que permite que as crianças se arrisquem nas águas contaminadas. “É imprópria nada, nós já estamos cheios de vermes mesmo. As crianças estão todas dentro da água, se divertindo”, diz o morador da Comunidade de Heliópolis, na Capital paulista, que possui o hábito de reunir parentes e amigos na represa. Enquanto as crianças se banhavam, os adultos faziam churrasco com direito a arroz, farofa e bebidas alcoólicas.
Tem até quem pesque nas águas contaminadas. “Costumo vir aqui para pescar, e comer um peixe com cachaça. Prefiro ficar aqui no que ir para a bagunça do Litoral”, avalia o mecânico Ricardo de Souza Silva, 35, que mora na Zona Leste de São Paulo, na divisa com o Grande ABC. Ele costuma pescar na represa com grupo de amigos, entre eles o casal Luciomar Pinto, 53, e Valdirene Ribeiro Silva, 48.
AFOGAMENTO
Outro risco é o de afogamento. Mesmo diante das indicações de perigo, há pessoas mergulhando, inclusive ultrapassando as boias que indicam limite para os banhistas, já que a partir delas a área é destinada a barcos, lanchas e jet ski. O sargento Renan explica que não há registros de afogamento no trecho da Prainha porque eles estão sempre fiscalizando quem não segue as proibições. São dez salva-vidas na extensão de cerca de um quilômetro.
"O indicado é a água cobrir até a linha do umbigo porque é mais seguro para levantar, caso tropece em pedra ou buraco. No mar existe onda, e aqui tem buraco, muito mais do que na praia”, ressalta o bombeiro. Ele diz ainda que ocorre o efeito manada: quando um entra e vai para o fundo, os demais se sentem autorizados a fazer o mesmo.
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