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Mulher que tomou choque em esteira sofre com sequelas

Auxiliar de enfermagem Milene Vargas, 48, sofreu descarga elétrica no mercado Coop Vianas, em São Bernardo

Lays Bento
08/12/2024 | 09:20
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FOTO: Arquivo Pessoal


Uma ida ao supermercado terminou em internação e hemiparesia (fraqueza muscular em parte do corpo) no bairro Baeta Neves, em São Bernardo. O caso aconteceu em 26 de novembro, mas a auxiliar de enfermagem Milene Vargas, 48 anos, continua sofrendo as sequelas. Na ocasião, ela apoiou-se na estrutura emborrachada da esteira de entrada do mercado Coop Vianas (Rua dos Vianas, 1.631) e levou um choque. A cliente acusa a cooperativa de negligência no episódio.

Mesmo após mais de uma semana do incidente, Milene continua com o lado esquerdo do corpo comprometido, segundo relatou ao Diário. “Senti a descarga elétrica na hora em que encostei na borracha de apoio. Minha mão começou a adormecer. Sentei-me e minha irmã buscou um segurança para ajudar. Mas ele mal olhou na minha cara e saiu. Foi quando entrei na farmácia e a dor tomou conta de todo o meu braço e comecei a mancar de uma das pernas”, conta ela, que, em poucos minutos, afirma ter perdido o movimento de ombros e parte do rosto.

Segundo ela, a esteira, que corria risco de ferir mais clientes, continuou ligada. Para resolver a emergência, a auxiliar de enfermagem afirma que pediu a funcionários do estabelecimento que chamassem o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

“Minha irmã se desesperou e, gritando, pediu para que desligassem a esteira, mas nada foi feito. O mesmo segurança do desprezo voltou e ficou me fazendo perguntas para preencher um papel de incidente interno”, relembra.

Segundo ela, o atendimento aconteceu quase uma hora depois, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Baeta Neves, com encaminhamento ao Hospital de Urgência de São Bernardo para tomografia e avaliação neurológica, que atestaram a necessidade de uma internação por pelo menos dois dias.

Sequelas

A são-bernardense disse ainda sofrer as consequências do episódio. Desde aquele dia, alega ter dores de cabeça, na coluna, além de oscilações na pressão arterial. Sem convênio médico, ela se preocupa com a demora da fila até que seja possível realizar a fisioterapia solicitada para sanar a paralisação decorrente do choque.

“Estou dependente dos familiares para tudo, vou ver se consigo pagar algumas sessões. Estou tendo gastos com transporte, fora que meu marido também perdeu dias de serviço para me acompanhar. Minha vida está de ponta cabeça desde o dia 26”, observa.

Outro Lado

Questionada pelo Diário, a Coop disse em nota que “a preocupação com o bem-estar e a saúde de seus cooperados, clientes e colaboradores faz parte do DNA da Coop e, por isso, jamais deixaria de prestar o devido atendimento em caso de um possível incidente/acidente. Lamentamos que a cooperada tenha passado por uma intercorrência em nossa loja. Informamos que todas as unidades possuem brigadistas aptos a prestar os primeiros socorros, e assim o fizeram após acionados. Às 9h45, o Samu foi chamado e 20 minutos depois já estava no local para o atendimento. Em paralelo, foi solicitado que a manutenção elétrica inspecionasse o local e, após vários testes, não foi constatada nenhuma fuga de corrente elétrica”.




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