Recente operação de fiscalização conduzida pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) revelou, mais uma vez, a necessidade de atenção das prefeituras do Grande ABC às condições das Unidades Básicas de Saúde. Estruturas deterioradas, como as identificadas nas UBSs de São Bernardo, Diadema e Mauá, colocam em risco pacientes e funcionários, além de afetar a eficiência dos serviços. As falhas vão desde pisos comprometidos, que aumentam o risco de quedas, até áreas de espera com coberturas inadequadas, expondo os cidadãos a intempéries. É inaceitável que locais responsáveis pelo atendimento primário da saúde apresentem problemas de conservação e zeladoria.
A manutenção das UBSs deve ser vista como prioridade pelos gestores municipais, sendo uma questão que ultrapassa intervenções paliativas ou promessas futuras. As unidades flagradas pelos fiscais do TCE-SP, com falhas evidenciadas nas vistorias, são reflexos de uma situação mais ampla que exige medidas concretas e eficazes. O descaso em resolver pendências apontadas em inspeções anteriores mostra um descompasso entre as demandas reais da população e as ações administrativas. A falta de resposta e justificativas completas por parte de determinadas prefeituras apenas reforça a necessidade de maior transparência e responsabilidade na gestão da saúde pública.
Para além das respostas protocolares, espera-se comprometimento genuíno dos prefeitos na solução dos problemas identificados. Se as administrações não agirem com celeridade, correm o risco de ver as contas anuais reprovadas pelos conselheiros do TCE-SP, com implicações administrativas e políticas significativas. A população do Grande ABC merece equipamentos médicos seguros e eficientes, que garantam atendimento digno e preservem a integridade tanto de quem necessita dos serviços quanto daqueles que os prestam. Que os alertas emitidos pela recente fiscalização sirvam de estímulo aos chefes de Executivo para que promovam ações efetivas e, assim, tragam melhorias para todos.
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