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Ataques e aliança inusitada marcam segundo turno

Marcelo Oliveira e Atila Jacomussi repetem a segunda etapa de 2020, quando petista venceu com 50,7% dos votos, contra 49,3% do unionista

Natasha Werneck
27/10/2024 | 08:33
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FOTO: Claudinei Plaza/DGABC

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O segundo turno da eleição transformou Mauá em um verdadeiro campo de batalha, no qual se enfrentam o prefeito e candidato à reeleição, Marcelo Oliveira (PT), que conquistou 45,13% dos votos na primeira etapa do pleito, e o deputado estadual Atila Jacomussi (União Brasil), que obteve 35,56%. Marcelo e Atila reeditam a eleição de 2020, quando o petista venceu com 50,74% dos votos válidos, contra 49,26 do unionista. 

Marcada por reviravoltas nos anúncios de apoios políticos, visita do presidente da República e intensa troca de acusações, a corrida eleitoral trouxe até mesmo um crime de roubo sofrido pelo petista. Um dos episódios mais surpreendentes do segundo turno foi a decisão de Zé Lourencini, quarto colocado na primeira etapa com 6,78% dos votos, de apoiar Marcelo Oliveira. 

O empresário, que até então era presidente do PSDB em Mauá, deixou o partido temendo possível expulsão por se aliar ao PT, tradicional adversário dos tucanos. Nas redes sociais, a aliança provocou a reação de Atila. “O eleitor do Lourencini deve estar se sentindo traído”, disparou.

O candidato do União Brasil adotou discurso semelhante após a declaração de Sargento Simões (PL) de que anularia o voto na segunda parte do pleito. O liberal ficou em terceiro com 10,2% do total válido no primeiro turno. Marcelo Oliveira também encontrou aliadas em Amanda Bispo (UP), que encerrou o 1º turno na quinta colocação, com 2,33% dos votos, e nas deputadas Tabata Amaral (PSB), federal, e Andréa Werner (PSB), estadual. 

ATAQUES

A troca de ataques entre os dois candidatos se intensificou. Em debate promovido pelo g1, Atila e Marcelo dedicaram grande parte do tempo a acusações mútuas. O candidato do União Brasil acusou o adversário de tentar ganhar “no tapetão”, referindo-se ao fato de sua candidatura estar sub judice devido à rejeição de suas contas, pela Câmara, no período em que foi chefe do Paço (2017 a 2020). Marcelo rebateu, destacando que o ex-prefeito envolveu-se em prisões e investigações em sua gestão.

As críticas entre os candidatos não se restringiram aos debates. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante comício em apoio a Marcelo Oliveira, que um ex-prefeito de Mauá “roubou até a merenda escolar”, em alusão direta a Atila, preso duas vezes durante as operações Prato Feito e Trato Feito, que investigaram desvios de verbas da merenda. 

Outro episódio que trouxe tensão foi o roubo ao comitê de Marcelo Oliveira envolvendo, segundo o Boletim de Ocorrência, o carro do sogro de Atila. De acordo com relato da GCM (Guarda Civil Municipal), o veículo foi utilizado por suspeitos que invadiram o comitê, agrediram militantes e roubaram materiais de campanha. Marcelo Oliveira prometeu levar o caso à Polícia Federal.




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