Política Titulo Em empate técnico
Alex lidera com 27,9%, mas vê Marcelo Lima no ‘retrovisor’ com 22,6%

Deputado federal estaria no 2º turno se eleição em S.Bernardo fosse hoje, mas tem liderança ameaçada

Anderson Amaral
06/09/2024 | 08:16
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FOTO: Reprodução

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O deputado federal e candidato do Cidadania à Prefeitura de São Bernardo, Alex Manente, lidera a corrida eleitoral na cidade e iria para o 2º turno caso o pleito fosse realizado hoje, mas pela primeira vez vê no ‘retrovisor’, dentro da margem de erro, a presença do ex-vice-prefeito e postulante do Podemos do Paço, Marcelo Lima. É o que mostra levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido do Diário e divulgado a exato um mês do 1º turno da eleição municipal.

No cenário estimulado, no qual o pesquisador apresenta ao eleitor um disco com os nomes de todos os concorrentes, Alex Manente lidera com 27,9% das intenções de voto, seguido por Marcelo Lima, com 22,6%. Como a margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais, pode-se dizer que ambos estão em empate técnico, já que, no melhor cenário, o podemista subiria a 26,1% e o cidadanista, no pior, cairia a 24,4%.

Ainda segundo a pesquisa, a empresária Flávia Morando (União Brasil), sobrinha do prefeito Orlando Morando (PSDB), ocupa a terceira posição com 18% das menções, seguida pelo deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), com 17,3%, e pelo metalúrgi-co Claudio Donizete (PSTU), com 0,6%. Afirmaram que não escolheriam nenhum, optariam pelo branco ou anulariam o voto 8,8% dos entrevistados, e 4,9% disseram não saber ou não responderam.

Configura-se ainda um triplo empate técnico no segundo lugar, já que a diferença entre Marcelo Lima, 2º, e Luiz Fernando, 4º, é de apenas 5,3 pontos percentuais. Assim, torna-se impossível cravar quem iria ao 2º turno caso a eleição fosse hoje, já que, no melhor cenário, o petista subiria a 20,8% e, no pior, o podemista cairia a 19,1%. Flávia poderia flutuar entre 21,5% e 14,5%.

A pesquisa mostra ainda elevado desinteresse do são-bernardense na eleição. Prova disso é que, quando questionados pelo instituto sobre em quem votariam se o pleito fosse hoje, mas sem apresentar nomes, 54% não souberam ou não quiseram responder. Marcelo foi mencionado por 10,4%, seguido por Alex (10,1%), Luiz Fernando (7,8%), Flávia (7,4%), Morando (1,3%) – que não pode concorrer porque exerce seu segundo mandato seguido – e Donizete (0,3%). Outros nomes citados somaram 0,6%. Brancos, nulos ou eleitores que disseram não votar em nenhum somaram 7,9%.

REJEIÇÃO

O instituto também quis saber qual é o candidato mais rejeitado do eleitor são-bernardense. Flávia aparece na liderança, com 31% das citações. Alex vem em segundo, com 23%. Luiz Fernando tem 22,6%, Marcelo Lima soma 15,5% e Claudio Donizete acumula 14,4%. Disseram que poderiam votar em todos eles 6,5% dos entrevistados. Outros 17% não souberam ou não quiseram responder.

O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 800 eleitores entre os dias 27 e 30 de julho. O grau de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob código SP-06397/2024.

Administração Tarcísio é mais bem avaliada do que a de Lula

Oscilou para baixo, dentro da margem de erro, a avaliação sobre os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) entre os eleitores de São Bernardo. Ainda assim, o chefe do Palácio dos Bandeirantes segue mais bem avaliado do que o petista na cidade. É o que mostra levantamento do Instituto Paraná Pesquisas feito a pedido do Diário entre os dias 2 e 5 deste mês.

Sobre a administração de Lula, que tem seu ‘berço’ político na cidade, 46,5% disseram que a aprovam, 1,6 ponto percentual a menos do que o observado no levantamento realizado no fim de julho (48,1%) – variação, portanto, inferior à margem de erro da pesquisa, de 3,5 pontos percentuais, para cima ou para baixo. Os eleitores que desaprovam o governo petista, por sua vez, somam 49,5%, contra 47,6% na pesquisa anterior. Não souberam ou não quiseram responder 4,0% dos entrevistados pelo instituto.

A administração estadual é aprovada por 60,1% do eleitorado são-bernardense, contra 61,9% no levantamento realizado no fim de julho. Outros 34,9% desaprovam a gestão Tarcísio, ante 33,2% há um mês e dez dias atrás. Não souberam ou não quiseram responder 5,0% dos entrevistados.

Ainda segundo o Instituto Paraná Pesquisas, a gestão de Lula é predominantemente aprovada por mulheres (48,1%), mas reprovada por homens (51,9%). O governo do petista é mais reprovado que aprovado em todas as faixas etárias, à exceção do extrato de 60 anos ou mais. A gestão também é majoritariamente avalizada entre os eleitores do ensino fundamental (58,7%), mas é rejeitada entre os moradores com ensino médio (52,2%) e superior (56,2%).

Tarcísio, por sua vez, é predominantemente aprovado entre os homens (63,6%), mulheres (57,0%), em todas as faixas etárias (variando de 52,3% a 63,5%) e em todos os níveis de escolaridade (de 57,2% a 62,1%). 

Avaliação positiva do governo Morando cai 4,2 pontos em um mês

Piorou, em uma variação fora da margem de erro, a avaliação dos eleitores de São Bernardo sobre o governo do prefeito Orlando Morando (PSDB). É o que mostra levantamento do Instituto Paraná Pesquisas feito a pedido do Diário entre os dias 2 e 5 deste mês.

A parcela dos são-bernardenses que disseram aprovar a gestão do tucano ficou em 63,1%, 4,2 pontos percentuais abaixo da verificada no fim de julho (67,3%) e 8,3 pontos abaixo da observada em fevereiro (71,4%) – queda, portanto, acima da margem de erro da pesquisa, de 3,5 pontos percentuais. A desaprovação, por sua vez, saltou de 24,7% no início do ano para 29,3% em julho e 32,9% neste levantamento – alta total de 8,2 pontos.

O instituto também perguntou aos eleitores sobre se a gestão Morando é ótima, boa, regular, ruim ou péssima. Do total de entrevistados, 50,5% a consideraram boa ou ótima (contra 52,6% no fim de julho e 57,2% em fevereiro), 26% a avaliaram como regular (contra 27,3% há um mês e 25,4% no início do ano) e 21,6% a classificaram como ruim ou péssima (contra 19% no fim de julho e 16,2% em fevereiro).

A piora na avaliação da administração do tucano coincide com a crise na área da Saúde, em especial o caos no Hospital da Mulher. No início de julho, Morando também foi alvo de um pedido de impeachment, elaborado por meio de iniciativa popular, que acabou barrado pela Câmara e arquivado. No mês passado, mais um foco de desgaste da gestão: a proposta de mudança no Plano Diretor que visa alterar o ordenamento territorial do bairro do Tatetos, no pós-Balsa, região ocupada por população indígena.




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