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Auricchio homologa consórcio para operar rotativo após ‘novela’

Concessão é dada quase um ano após Prefeitura romper contrato com a Assistpark e enfrentar suspensão de licitação por suposto direcionamento

Wilson Guardia
20/07/2024 | 13:36
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FOTO: Celso Luiz/DGABC, 2021

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O impasse sobre o estacionamento rotativo, a popular Zona Azul, em São Caetano chegou ao fim após quase um ano. Após imbróglio judicial que se arrastou nos tribunais, a gestão do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) homologou na quinta-feira o vencedor do certame, o Consórcio Tijucussu, que já pode operar o sistema, atualmente administrado pela Semob (Secretaria de Mobilidade Urbana). O contrato tem vigência a partir de sua assinatura, o que ocorreu no último dia 18, com prazo de 120 meses, ou seja, até julho de 2034.

A batalha na Justiça envolveu, por exemplo, a tentativa de derrubar o grupo vencedor, já que sócios das empresas têm estreitas ligações com o Palácio da Cerâmica, com outros contratos ativos e com o clã Auricchio.

Durante os dez anos do prazo contratual, a Prefeitura deverá receber, a título de outorga, total estimado de R$ 94.711.680,00.

Antiga concessionária, a Assistpark teve o contrato rompido em agosto de 2023, após nove anos operando o sistema. Sem a empresa à frente do serviço de estacionamento rotativo, a Semob assumiu a cobrança, mas sem estrutura para atender toda a cidade, e veículos não eram multados. A situação perdurou até dezembro, quando os talões começaram a ser vendidos e sanções começaram a ser aplicadas. Na cidade, até então, não havia cobrança fracionada de tempo, sendo oferecido sempre o período de 60 minutos e no máximo 120.

A publicação no Diário Oficial não traz detalhes sobre o valor da tarifa e o número de vagas disponíveis. No Portal da Transparência da Prefeitura, o contrato não está disponível para consulta.

O Consórcio Tijucussu, de acordo com as poucas informações que se tornaram públicas, deve oferecer a compra de créditos para estacionamento rotativo de forma eletrônica, ou seja, por meio de aplicativo.

A gestão Auricchio foi procurada para esclarecer dúvidas sobre a quantidade de vagas, preços e quando o Consórcio Tijucussu iniciará as operações, mas não apresentou nenhuma resposta.

IMBRÓGLIO

Como noticiado pelo Diário em abril, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) chegou a suspender a licitação por entender que a administração Auricchio descumpriu o edital ao desclassificar a empresa Zona Azul Brasil Serviços Administrativos Ltda.

Este mesmo certame chegou a ser paralisado no ano passado pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) por suspeitas de direcionamento.<




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