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Muita coisa pode ocorrer entre a contratação de uma obra e a sua entrega. O que não pode acontecer é o dinheiro ser investido, a execução ser iniciada, passar o tempo e, sabe-se lá por qual razão, ela não ser concluída, e depois receber uma marca de ‘atrasada’ ou ‘paralisada’.
O TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) organizou uma lista na qual figuram 12 intervenções do Grande ABC, envolvendo seis cidades e o governo estadual, tendo como única exceção Ribeirão Pires, que mostra bem o problema.
Nessas obras já foram investidos R$ 133,8 milhões, mas a soma dos contratos resulta em um número um pouco maior: R$ 205,2 milhões.
Uma rápida olhada na lista do TCE-SP mostra que não se tratam dos chamados ‘elefantes brancos’. São intervenções necessárias e que, caso tivessem seguido seu curso natural, seriam extremamente úteis para os moradores.
Um exemplo: a obra mais cara entre as listadas na região é a adequação das estações São Caetano e Utinga da Linha 10-Turquesa, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A intervenção, orçada em R$ 52,2 milhões, está paralisada desde maio do ano passado. A inércia neste caso se deve a “questões técnicas que vieram a ser conhecidas somente após a licitação”, ou seja, faltou planejamento.
A CPTM aparece de novo na relação do TCE com as estações Prefeito Saladino e Capuava da Linha 10-Turquesa, no valor de R$ 30,7 milhões, e que também estão paralisadas.
No âmbito municipal, São Bernardo tem a mais dispendiosa das obras, um contrato que contempla a pavimentação na Estrada do Rio Acima e o abastecimento de água por meio de convênio com a Sabesp. Duas obras que poderiam impactar positivamente a vida de quem mora nessas regiões.
O dinheiro público merece respeito. E quando bem empregado resulta em qualidade de vida das pessoas e até em investimentos privados. O que não pode ocorrer é o gasto desordenado, capaz de transformar boas intenções em pesadelos.
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