Em apenas dois dias, o Grande ABC registrou duas mortes por dengue. O primeiro caso confirmado nesta semana ocorreu na terça-feira (2), em São Bernardo, enquanto o último foi contabilizado ontem, de uma paciente com idade não revelada, mas que segundo o Estado teria entre 65 anos e 79 anos, em Santo André – o município computa dois óbitos no total. Além das duas notificações, a região registra outras três ocorrências pela doença, em Diadema e Mauá, e totaliza cinco casos fatais.

Segundo dados do Painel de Controle da Doença SES (Secretaria Estadual de Saúde), o óbito confirmado no município andreense já estava sendo investigado e ocorreu no dia 24 de março. Além dessa, outras nove ocorrências fatais estão em investigação na região, sendo quatro em São Bernardo, duas em Mauá, uma em Santo André e uma em Ribeirão Pires.

As sete cidades contabilizam 7.236 casos de dengue em 2024 – alta de 11% em dois dias, quando foram recomputadas na terça 6.519 notificações. Os órgãos de saúde investigam também outros 3.257 registros da doença.

No Estado foram confirmadas 428.543 casos da doença e 205 mortes. Neste ano, o Brasil já superou 2,6 milhões de casos de dengue e teve 1.020 óbitos, conforme dados do Ministério da Saúde.

Para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, chikungunya e Zika, as Prefeituras vão realizar em parceria mutirões em Santo André, Diadema e Mauá, hoje e amanhã.

O ‘Dia D’ contra a dengue nas três cidades contará com ações de conscientização e fiscalização em moradias e estabelecimentos comerciais para eliminar potenciais criadouros do mosquito.

Mauá concentra 32,2% dos casos na região. Hoje, as equipes de agentes de endemias da Prefeitura se reúnem com agentes de Santo André para percorrer a área da divisa entre os dois municípios, a partir das 8h. Já no sábado, as equipes vão fazer uma varredura contra a dengue no Jardim Feital, na região da Chácara Maria Aparecida e no entorno do Jardim São João.

“Ao longo de todo o ano, os agentes de Combate de Endemias e agentes Comunitários de Saúde percorrem o município orientando moradores sobre a necessidade de acabar com os potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. Em 2024, já foram realizadas 32.385 mil visitas, que dependem muito da disponibilidade e da aceitação de cada morador em abrir as portas de suas casas para os profissionais de saúde. No caso 22.728 tiveram êxito e outras 9.657 acabaram recusadas ou os imóveis estavam fechados”, informou a administração mauaense.