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Elvis Presley: 25 anos sem o rei do rock
Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
03/08/2002 | 16:36
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O fenômeno Elvis Presley (1935-1977) continua vivo com o single A Little Less Conversation (tema da propaganda comercial da Nike) no topo das paradas este ano, com seis músicas na trilha do desenho animado Lilo & Stitch (Lilo é sua fã e o E.T. Stitch se veste como ele) e um CD com seus 30 hits, primeiro lugar nas paradas de sucesso, previsto para 23 de setembro.

Para tentar entender esse mito que não quer calar, entre os dias 10 e 18 deste mês uma série de atrações no Brasil, na região e principalmente em Memphis, nos Estados Unidos, onde o cantor viveu a maior parte de sua vida, lembram os 25 anos da morte (no dia 16) do rei do rock.

Os fã clubes mantêm esse mito em evidência de forma espontânea, e alimentam as novas gerações de informações. O grande lançamento deste ano em relação a Elvis será o CD Elvis 30 #1 Hits (BMG), com as 30 canções que foram número 1 nas paradas mais a faixa bônus A Little Less Conversation, na versão remixada pelo DJ norte-americano JXL, cujo clipe está na MTV e o single lançado este mês (R$ 7 em média em lojas especializadas), uma raridade no Brasil. O encarte, promete Adriana Ramos, que cuida desse projeto na BMG, terá fotos inéditas e comentários faixa a faixa.

A gravadora não divulga a lista dos hits, apenas cinco deles: Return to Sender, Suspicious Minds, In the Ghetto, Burning Love e The Wonder of You. Para o ano que vem, está previsto o DVD 68 Come Back Especial, com o famoso show da volta triunfal de Elvis aos espetáculos na TV, depois de um afastamento forçado pelos contratos com estúdios de cinema de Hollywood (muitos dos quais ele fazia por profissionalismo, mesmo achando os roteiros fracos) e pela invasão inglesa dos Beatles. Além do musical, o DVD terá como extras cenas inéditas de making of e bastidores.

A imagem que ficou de Elvis foi a dos anos 70: inchado, de costeletas, bijuterias e macacão branco ornamentado por lantejoulas. Em cima disso, imitadores deitam e rolam, para bem ou para o mal. Mas Elvis, o cantor, é um mito que supera suas faces.

Ele fundou, sem se predeterminar a isso, o binômio rock e sexo e personificou a rebeldia nos anos 50, com topete e gingado do “branco de alma negra”, sensualidade que lhe rendeu o apelido The Pelvis e que ajudou a balançar a conservadora juventude a partir de 1956.

Com sua voz poderosa, modulando a maneira dos negros segregados do sul dos Estados Unidos de cantar spirituals e música gospel, e com uma presença vulcânica no palco, Elvis foi a base para Beatles, Rolling Stones e para o heavy metal. Mas, como afirmou John Lennon, ele começou a morrer quando entrou para o Exército em 1958. A disciplina imposta pelo show business para domar sua espontaneidade derrotou o mito. Restou o homem cheio de conflitos, depressão, dependência de remédios. Mas tente dizer isso para os fãs...




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