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Sete presos são mortos durante rebelião em Guarulhos
Do Diário On Line
02/05/2002 | 21:10
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Sete presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) I de Guarulhos foram mortos e três ficaram feridos nesta quinta-feira durante uma rebelião que durou aproximadamente cinco horas. Cinco funcionários foram mantidos reféns e libertados sem ferimentos.

O motim teria começado depois de uma briga entre facções rivais. Segundo funcionários do CDP, presos pertencentes ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade (CRBC) entraram em confronto. Os sete detentos mortos a golpes de estilete e pauladas pertenceriam ao CRBC

Foram assassinados Fábio da Silva Alves, Marcelo Luis Ramiro, Adilson Rodrigues Garcia, Marcos Pimentel Carvalho, Adailton Gomes Pinto, Denis Augusto Marques e Romildo Rodrigues da Silva. Houve ainda três feridos: Paulo Henrique da Silva, Marco Aurélio Simeão e Reginaldo Santos Oliveira.

O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB de Guarulhos, Fábio de Souza Santos, esteve no local e informou que os presos do PCC haviam organizado um plano de fuga, que teria sido frustrado por chegar ao conhecimento da direção do presídio. Os líderes do PCC desconfiaram dos presos do CRBC e mataram alguns de seus membros em represália.

A confusão começou no pavilhão 6. Os amotinados dominaram cinco funcionários e pegaram com eles as chaves do pavilhão 3, onde entraram para matar os sete presos. Na cela onde foram mortos, havia 13 pessoas.

O presídio foi inaugurado há dois meses. O CDP 1 tem capacidade para 768 detentos e abrigava 644.

Tensão — Desde que surgiu a informação sobre o início da rebelião, dezenas de parentes se aglomeraram em frente à portaria à procura de informações. Até às 17 horas a direção do CDP-I e a Secretaria da Administração Penitenciária não haviam divulgado os nomes dos presos mortos, o que causou bastante tensão no local.




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