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Cristãos e judeus comemoram datas históricas das religiões
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
10/04/2009 | 07:37
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Duas das maiores religiões ocidentais celebram nesta semana feriados que são marcos em suas respectivas histórias. Mais do que isso, representam, depois de milênios, esperança para milhares de fiéis espalhados pelo mundo. A Páscoa cristã e o Pessach judaico tentam deixar de lado o caráter comercial das datas e promover momentos de reflexão.

O coordenador diocesano de liturgia da Diocese de Santo André, padre Joel Néri, ressalta que a Páscoa é o ponto alto da fé cristã. "Trata-se da celebração do mistério da morte e da ressurreição de Jesus, da vida que ele nos deu", explica.

A ressurreição lembrada pelos cristãos, segundo Néri, não é apenas aquela que virá após o fim do corpo material. Ela acontece diariamente, na superação de dificuldades que oprimem os seres humanos.

"É o momento de renovar as esperanças, na certeza de que Cristo venceu a morte. Este é o grande sinal", diz o coordenador diocesano.

Reflexão - O padre lembra ainda que o comércio de ovos de chocolate e o estilo de vida "descartável" impregnado na sociedade atual desvirtuam o caráter religioso da data. "A cultura hedonista faz as pessoas fugirem da reflexão, ou negarem o sofrimento, coisas difíceis de se enfrentar", diz.

Mas Néri ressalta que o ato de lembrar-se da dor não significaria que é preciso viver em completa apatia, esquecendo-se das lutas necessárias do cotidiano. "Devemos enfrentar o sofrimento, porque esse também é o projeto de Deus."

Judaísmo - Os judeus celebraram na noite de quarta para quinta-feira a saída dos hebreus do Egito, após um longo período de escravidão. A partida em direção à terra prometida, sob o comando de Moisés, completou 3.320 anos.

Os rituais pouco mudaram desde então, afirma o rabino Shamai Ende.

"Nos abstemos de muitas comidas, de gastos excessivos e nos dedicamos a alimentos que não passaram por processo de industrialização", diz Ende.

O rabino lembra ainda que o momento de celebração é propício para que familiares se encontrem e comemorem a data.

"Sabemos que o dia da libertação será também a futura redenção de todo o povo, quando virá o Messias e terá a construção do terceiro templo em Israel", explica o rabino.




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