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Ponte de onde ônibus caiu ainda passa por perícia
Camila Brunelli
11/06/2011 | 07:39
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O trecho da Rua Felipe Camarão de onde um ônibus despencou sobre a linha férrea na manhã de quinta-feira, em São Caetano, continua isolado porque o trabalho da perícia ainda não foi concluído, segundo a Prefeitura. A administração não tem previsão para início das obras de reparos no local, mas calcula que os serviços sejam autorizados pelos peritos na próxima semana.

Enquanto isso, o buraco aberto pelo ônibus em parte da mureta de contenção continua protegido apenas por cavaletes de madeira - o que obriga pedestres a invadirem a via para veículos. A administração informou que os pedestres estão proibidos de transitar ao lado da mureta avariada. Para atravessar a ponte a pé, os moradores deverão utilizar a calçada do lado oposto.

 

LINHA 101

Quem mora na Vila Prosperidade só tem uma opção de transporte público: a linha 101, a mesma envolvida no acidente. A estrutura avariada deixa os passageiros ainda mais receosos.

"Agora já tem até o buraco feito, é só cair lá - não precisa nem quebrar o concreto", ironizou o embalador Jorge Miguel, 40, que trabalha no bairro. "Esse viaduto tinha que ficar interditado até arrumarem completamente. Além disso, ele é muito estreito para ter duas mãos de trânsito."

A aposentada Lúcia Guerrielo, 79, também está receosa, mas se agarra na palavra do engenheiro da Prefeitura que garantiu que a estrutura da via não havia sido comprometida. "Estou com medo, acho aquele viaduto perigoso, mas se tivesse algum risco o especialista não teria liberado."

Há quem diga que se sente seguro e que a queda foi uma fatalidade, mas quando o ônibus passa pelo viaduto, não há quem não se estique para ter o melhor ângulo do local de onde o coletivo despencou. Os comentários dentro do ônibus e no ponto inicial da linha, na Rua dos Diamantes, eram a respeito do ocorrido na quinta-feira.

 

Número de vítimas de acidente aumenta para 16 pessoas

 

O número de feridos no acidente entre o ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e o trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos subiu para 16 pessoas. Simone Aparecida Davi Fernandes, 29 anos, grávida de quatro meses, foi socorrida no Hospital da Mulher, em Santo André, após o choque entre os veículos, ocorrido anteontem no trecho entre as estações São Caetano e Utinga da linha 10-Turquesa.

Na mesma noite do acidente, a vítima pediu transferência para o Hospital e Maternidade Márcia Braido, em São Caetano, pois faz acompanhamento pré-natal na cidade.

Ao chegar ao hospital, foi constatado que não havia riscos para ela e o bebê. "Com a batida, a placenta deslocou, e também se formou um coágulo. Mas ela está se recuperando bem", disse o o comerciante Eduardo André Fernandes, 34, marido de Simone.

O jovem Tiago Augusto de Paula, 24, que sofreu fratura na coluna lombar, recebeu alta do Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin, também em São Caetano, na tarde de ontem.

Seguem internados no local Gabriela Peralta Belvis, 18, que sofreu trauma de costela e saiu ontem da Unidade de Terapia Intensiva, e Sírio Gonçalves de Souza, 82, que teve leve traumatismo craniano e deverá refazer a ressonância. Gabriela ficará no hospital mais dois dias, e Souza permanece pelo menos até amanhã.

A motorista do coletivo, Lilian Souza Freitas, 30, também deixou a UTI do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, ontem à tarde, e foi para o quarto. O quadro dela segue estável.

No Hospital Maria Braido, Carolina Pereira Guimarães segue em observação na UTI. Ela recebeu duas bolsas de sangue e suas condições renais seguem em avaliação. (Camila Galvez)




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