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Inverno na região terá mais chuva e menos frio

El Niño deve influenciar período, com vinda de ar quente e úmido do Norte do Brasil a São Paulo

Renan Soares
do Diário do Grande ABC
21/06/2023 | 09:14
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Celso Luiz/DGABC


Começa hoje o inverno no hemisfério sul. A estação terá seu solstício ainda nesta manhã, às 11h57, e se estende até às 3h50 do dia 23 de setembro, pelo horário de Brasília. O período terá influência do fenômeno El Niño neste ano, e a tendência é que o ar quente e úmido do Norte do Brasil siga em direção a São Paulo. Isso vai fazer com que o Estado – e Grande ABC –, tenha mais chuva do que o normal nos meses de agosto e setembro, além de altas temperaturas. 

O El Niño acontece por conta do aquecimento acima do normal nas águas do Oceano Pacífico, próximas à Linha do Equador. O episódio afeta o sistema de ventos na América do Sul. Uma das influências do fenômeno no continente é deixar a atmosfera mais quente no Brasil, mesmo assim, algumas ondas de frio ainda poderão atingir o Estado de São Paulo no mês de julho e em agosto, mas os períodos de baixa temperatura serão por poucos dias. Na média, o inverno de 2023 não terá muito frio, segundo previsões da Climatempo.

As temperaturas tendem a ficar um pouco acima do normal em todos os meses do inverno na região, apesar dos picos de frio esperados. Em relação às chuvas, conforme explica Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, em julho, o volume de chuva deve estar dentro da média. “Isto significa pouca chuva, pois as médias do mês são baixas. Julho é considerado um mês de estiagem no Sudeste do Brasil, e terá temperaturas um pouco acima do normal”, esclarece a especialista. 

Durante o mês de agosto, quase todas as áreas do Estado terão chuva levemente maior do que o normal, porém, a temperatura acima da média permanece. Conforme explica Josélia, é durante o mês de setembro que a Região Sudeste vai sentir mais o efeito do fenômeno El Niño, deixando as temperaturas mais altas. A previsão é de que setembro tenha termômetros com nível alto, além da possibilidade de temporais.

SOLSTÍCIO

Segundo informações do Observatório Nacional – unidade de pesquisa vinculada ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), o termo "solstício" é originário do latim e significa "sol parado". Esse termo foi cunhado pelos astrônomos antigos que observaram a trajetória do Sol. Eles perceberam que, a cada dia, a posição do Sol ao meio-dia mudava. A posição ia ficando cada vez mais alta e, então, parecia "parar". Em seguida, a localização começava a diminuir e também "parava" antes de começar a subir novamente. Esses momentos de "parada" correspondem aos solstícios de verão e de inverno, respectivamente.

“As estações do ano ocorrem devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita e também devido à sua translação em torno do Sol. O início das estações do ano é associado aos instantes dos solstícios (inverno e verão) e dos equinócios (outono e primavera)”, explica a Dra. Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional. 

A chegada do inverno impacta na variação dos comprimentos dos dias e noites. Nos equinócios, o comprimento do dia é praticamente igual ao da noite. Após o equinócio de outono, o Sol vai nascendo cada dia mais tarde e se pondo cada dia mais cedo até chegar na maior noite do ano em data próxima do solstício de inverno. “A partir disto, o Sol começa a nascer mais cedo e a se pôr mais tarde para novamente chegar ao mesmo comprimento do dia e da noite em data próxima ao equinócio de primavera”, explica Josina. 


Especialista alerta para os cuidados com a respiração durante o período

Com a chegada do inverno hoje, redobram-se os cuidados com a saúde, principalmente em relação às doenças respiratórias. Conforme alerta o diretor da ABR (Academia Brasileira de Rinologia) e membro da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial), Ricardo Dolci, o modo como respiramos pode beneficiar ou trazer prejuízos à saúde. 

Segundo ele, respirar pelo nariz ajuda a prevenir doenças e aumenta a qualidade de vida. Porém, diversas causas podem impedir a passagem adequada do ar pelo meio nasal. Infecções respiratórias virais, como gripe, resfriados e Covid-19, que se tornam mais comuns no inverno, têm como sintoma recorrente a obstrução nasal, levando as pessoas a

“Ao respirarmos pela boca, o ar impuro passa sem filtro e chega frio aos pulmões. A respiração nasal é a melhor forma para o bom funcionamento do organismo, pois ela filtra, umidifica e aquece o ar, deixando-o preparado para oxigenar o nosso corpo. Por isso, é importante prestar atenção à forma como se está respirando”, explica Dolci, médico otorrinolaringologista. 




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