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Mortes em acidentes de trânsito têm alta de 12% no Grande ABC

De 141 ocorrências fatais registradas neste ano, 69% aconteceram em vias municipais; motociclistas e pedestres lideram o ranking de vítimas

Joyce Cunha
Do Diário do Grande ABC
11/10/2022 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


O Grande ABC registrou, de janeiro a agosto deste ano, 141 vítimas fatais em acidentes de trânsito. No mesmo período de 2021, foram 126 mortes na região, o que representa crescimento de 12% na taxa de mortalidade no sistema viário.

Rio Grande da Serra é o único município que não registrou óbitos do tipo neste ano. Os dados são do Infosiga, sistema gerenciado pelo Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo), do governo estadual. 

A maior parte dos acidentes com mortes ocorreram em vias municipais. Foram 97 de janeiro a agosto deste ano, ou 69% do total. No mesmo período, 34 pessoas perderam a vida em rodovias da região (24%). Em 7% dos casos (dez mortes), o Infosiga não disponibiliza dados sobre local da ocorrência.

O aumento da mortalidade no trânsito está relacionada ao desrespeito às leis e à falta de fiscalização. Essa é a avaliação de Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego). “Os acidentes de trânsito são um problema epidêmico no País inteiro, E este tipo de sinistro está acontecendo em níveis mais altos com motos e pedestres”, disse.

A observação do especialista reflete a realidade do Grande ABC. Dos 141 óbitos contabilizados pelo Infosiga, 58 foram registrados entre motociclistas (41,1%), 48 entre pedestres (34%), 21 em acidentes com automóveis (14,9%), cinco com ciclistas (3,5%) e três com caminhões (2,2%). Em seis das ocorrências, 4,3% do total, não há especificação do tipo de acidente fatal.

O desrespeito às leis de trânsito está entre os principais fatores para o elevado índice de mortes. “A condução com uso de celular, após uso de álcool e drogas e o desrespeito aos limites de velocidade</CS> são exemplos que contribuem para acidentes com lesões mais graves”, destacou Rodrigues.

 

REDUÇÃO DE MORTES

Gestores públicos da região listam ações executadas para diminuir o número de acidentes de trânsito, em especial os que têm vítima fatais. Projetos educativos e de conscientização fazem parte desta agenda. A Prefeitura de Santo André destaca o Plano para a Mobilidade Segura e Inclusiva, que, segundo o Paço, estabelecerá metodologia para a análise de sinistros e formulará propostas de redução de acidentes com metas para 5, 15 e 25 anos. A Avenida dos Estados é uma das vias com o maior índice de acidentes e mortes. 

Por meio da Secretaria de Transportes e Vias Públicas, a Prefeitura de São Bernardo afirma que atua em estudos e projetos de engenharia de tráfego, na manutenção da sinalização e redutores de velocidade, entre outros investimentos. Diadema destaca que, entre as medidas adotadas, está a “intensificação da fiscalização e redistribuição dos equipamentos de fiscalização eletrônica”, com especial atenção às avenidas Paranapanema, Piraporinha, Alda, Casa Grande e corredor ABC.

A Prefeitura de Ribeirão Pires afirma que atua para reforçar a sinalização viária. A Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana informa que ações estão sendo promovidas em 120 vias, entre as quais as avenidas Francisco Monteiro, Prefeito Valdírio Prisco e Humberto de Campos. 




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